http://www.fotolog.com.br/_magiozal/25401314
Bom, minhas duas únicas resoluções para o ano que vai começar são:
1. Arrumar um emprego fixo;
2. Regularizar meus horários de dormir e acordar.
O resto é resto, e vem com o tempo.
Enfim… Feliz 2010 para vocês!
31 de dezembro de 2009
24 de dezembro de 2009
Natal
Este blog tem estado congelado nestes meses, mas enfim, Feliz Natal para vocês que passavam (passam?) por aqui. Anyway, tenho continuado na atividade no meu twitter, facebook e agora, formspring. Qualquer coisa, passem lá!
9 de setembro de 2009
O problema para mim…
…é que grande parte do conteúdo que poderia estar aqui acaba escoando para o twitter e para o facebook.
2 de setembro de 2009
Petróleo na urna
A precipitação de Lula chega a ser ridícula diante do fato de que não se sabe, com o mínimo de segurança, qual a dimensão da renda petrolífera que se quer, desde já, dividir. A que ponto a província do pré-sal vai elevar as reservas recuperáveis de petróleo do Brasil, hoje em 14 bilhões de barris? A que custo de extração?
Na falta de mapeamento da região de 149 mil km2 (equivalente à área do Ceará), campeia uma incrível dispersão de palpites. De 30 bilhões de barris a 300 bilhões de barris, vai uma diferença oceânica. No primeiro caso, o Brasil apenas administraria pelas próximas décadas a autossuficiência energética já obtida; no outro, seria alçado à condição de potência exportadora.
Em vez de mapear as riquezas antes -até para convencer o público de que seria preciso mudar o modelo-, o governo passou diretamente à fase seguinte. A urgência eleitoral prevaleceu e deu passagem a propostas estatistas de fazer inveja aos “desenvolvimentistas” da ditadura militar.
Mais do editorial da Folha, aqui.
Na falta de mapeamento da região de 149 mil km2 (equivalente à área do Ceará), campeia uma incrível dispersão de palpites. De 30 bilhões de barris a 300 bilhões de barris, vai uma diferença oceânica. No primeiro caso, o Brasil apenas administraria pelas próximas décadas a autossuficiência energética já obtida; no outro, seria alçado à condição de potência exportadora.
Em vez de mapear as riquezas antes -até para convencer o público de que seria preciso mudar o modelo-, o governo passou diretamente à fase seguinte. A urgência eleitoral prevaleceu e deu passagem a propostas estatistas de fazer inveja aos “desenvolvimentistas” da ditadura militar.
Mais do editorial da Folha, aqui.
29 de agosto de 2009
Interessante, né?
Descobri que os termos “politicamente correto” e “lavagem cerebral” surgiram na China, durante o governo do ditador comunista Mao Tsé-Tung. Minha oposição aos dois conceitos tem uma base.
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18 de agosto de 2009
Estações pré-programadas do radinho do meu celular hoje em dia
As estações são aqui de Sampa, claro.
Aí vão elas em ordem de sintonia, não de preferência:
1. 89 FM (89,1MHz)
2. Nova Brasil FM (89,7MHz)
3. CBN (90,5MHz)
4. Sul América Trânsito (92,1MHz)
5. Mitsubishi FM (92,5MHz)
6. Eldorado FM (92,9MHz)
7. Rádio USP (93,7MHz)
8. Oi FM (94,1MHz)
9. Antenna1 (94,7MHz)
10. Band News (96,9MHz)
11. Energia 97 (97,7MHz)
12. Metropolitana (98,5MHz)
13. Transamérica (100,1MHz)
14. Jovem Pan 2 (100,9MHz)
15. Alpha FM (101,7MHz)
16. Kiss FM (102,1MHz)
17. Cultura FM (103,3MHz)
18. Mix (106,3MHz)
19. 107.3, antiga Brasil2000FM (107,3MHz)
Quando eu usava um rádio com AM, costumava deixar pré-sintonizadas:
1. Jovem Pan (620KHz)
2. Eldorado AM (700KHz)
3. CBN (780KHz)
4. Bandeirantes (840KHz)
Aí vão elas em ordem de sintonia, não de preferência:
1. 89 FM (89,1MHz)
2. Nova Brasil FM (89,7MHz)
3. CBN (90,5MHz)
4. Sul América Trânsito (92,1MHz)
5. Mitsubishi FM (92,5MHz)
6. Eldorado FM (92,9MHz)
7. Rádio USP (93,7MHz)
8. Oi FM (94,1MHz)
9. Antenna1 (94,7MHz)
10. Band News (96,9MHz)
11. Energia 97 (97,7MHz)
12. Metropolitana (98,5MHz)
13. Transamérica (100,1MHz)
14. Jovem Pan 2 (100,9MHz)
15. Alpha FM (101,7MHz)
16. Kiss FM (102,1MHz)
17. Cultura FM (103,3MHz)
18. Mix (106,3MHz)
19. 107.3, antiga Brasil2000FM (107,3MHz)
Quando eu usava um rádio com AM, costumava deixar pré-sintonizadas:
1. Jovem Pan (620KHz)
2. Eldorado AM (700KHz)
3. CBN (780KHz)
4. Bandeirantes (840KHz)
17 de julho de 2009
26 de junho de 2009
Nesta manhã
Ouvindo o Reserva Eldorado Especial Michael Jackson, fiquei pensando como está difícil de assimilar que MJ morreu. Meio que… uma dificuldade de “cair a ficha”, sabe? Para aqueles que como eu cresceram ouvindo Thriller, é complicado de assimilar a ideia.
Enquanto isso, a BBC avisa que a web entrou em pico ontem com as notícias da morte dele.
Foi um choque geral.
Enquanto isso, a BBC avisa que a web entrou em pico ontem com as notícias da morte dele.
Foi um choque geral.
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25 de junho de 2009
20 de junho de 2009
Leitura profunda
What Makes Us Happy?
In an interview in the March 2008 newsletter to the Grant Study subjects, Vaillant was asked, “What have you learned from the Grant Study men?” Vaillant’s response: “That the only thing that really matters in life are your relationships to other people.”
(…)
“What we do,” Vaillant concluded, “affects how we feel just as much as how we feel affects what we do.”
In an interview in the March 2008 newsletter to the Grant Study subjects, Vaillant was asked, “What have you learned from the Grant Study men?” Vaillant’s response: “That the only thing that really matters in life are your relationships to other people.”
(…)
“What we do,” Vaillant concluded, “affects how we feel just as much as how we feel affects what we do.”
4 de junho de 2009
20 anos hoje
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2 de junho de 2009
Um quarto de século de Tetris
Trecho da matéria do Guardian:
Of the game's contemporaries, only Nintendo's Italian plumber Mario has shown similar longevity – and even he has changed over the years.
Pajitnov, who says he is still a coder at heart, believes that Tetris is a "good program" with simplicity and portability as crucial assets. But he thinks the secret sauce for its 25-year success is something more pedestrian: perseverance.
"Frankly, I think that most of the classic games which were written in the 80s or early 90s are dead just because their authors or owners didn't care about them," he says. "They're still interesting to people, especially now with the new boom of casual games."
Of the game's contemporaries, only Nintendo's Italian plumber Mario has shown similar longevity – and even he has changed over the years.
Pajitnov, who says he is still a coder at heart, believes that Tetris is a "good program" with simplicity and portability as crucial assets. But he thinks the secret sauce for its 25-year success is something more pedestrian: perseverance.
"Frankly, I think that most of the classic games which were written in the 80s or early 90s are dead just because their authors or owners didn't care about them," he says. "They're still interesting to people, especially now with the new boom of casual games."
O mundo dá voltas…
Nunca pensei que iria ver a GM e o Citibank, dois símbolos máximos do capitalismo privado nos EUA… virarem empresas estatais devido à crise mundial.
29 de maio de 2009
Proposta de 3º mandato para Lula acaba de ir para o vinagre
27 de maio de 2009
26 de maio de 2009
Folha descobre preso suspeito de estar ligado à Al Qaeda em São Paulo
Trecho inicial do artigo do Jânio de Freitas:
Está preso no Brasil, sob sigilo rigoroso, um integrante da alta hierarquia da Al Qaeda.
A prisão foi feita pela Polícia Federal em São Paulo, onde o terrorista estava fixado e em operações de âmbito internacional. Não consta, porém, que desenvolvesse alguma atividade relacionada a ações de terror no Brasil.
A importância do preso se revela no grau de sua responsabilidade operacional: o setor de comunicações internacionais da Al Qaeda. Tal atividade sugere provável relação entre recentes êxitos do FBI e a prisão aparentemente anterior feita em São Paulo. Há cinco dias, o FBI prendeu por antecipação os incumbidos de vários atentados iminentes nos Estados Unidos, inclusive em Nova York.
A cautela para preservação do sigilo fez a Polícia Federal atribuir a prisão, até mesmo para efeito interno, a investigações sobre células de neonazistas. Só o governo dos Estados Unidos tem informações do ocorrido em São Paulo, mesmo porque o FBI e o grupo americano antiterrorismo têm agentes no Brasil em ação conjunta com a Polícia Federal.
PS: do blog do Reinaldo Azevedo, O imbróglio do libanês “K”
Está preso no Brasil, sob sigilo rigoroso, um integrante da alta hierarquia da Al Qaeda.
A prisão foi feita pela Polícia Federal em São Paulo, onde o terrorista estava fixado e em operações de âmbito internacional. Não consta, porém, que desenvolvesse alguma atividade relacionada a ações de terror no Brasil.
A importância do preso se revela no grau de sua responsabilidade operacional: o setor de comunicações internacionais da Al Qaeda. Tal atividade sugere provável relação entre recentes êxitos do FBI e a prisão aparentemente anterior feita em São Paulo. Há cinco dias, o FBI prendeu por antecipação os incumbidos de vários atentados iminentes nos Estados Unidos, inclusive em Nova York.
A cautela para preservação do sigilo fez a Polícia Federal atribuir a prisão, até mesmo para efeito interno, a investigações sobre células de neonazistas. Só o governo dos Estados Unidos tem informações do ocorrido em São Paulo, mesmo porque o FBI e o grupo americano antiterrorismo têm agentes no Brasil em ação conjunta com a Polícia Federal.
PS: do blog do Reinaldo Azevedo, O imbróglio do libanês “K”
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25 de maio de 2009
Hoje é o dia
Hoje é o dia do orgulho nerd/geek, dizem (nunca soube exatamente a definição de nerd, dem a diferença entre nerd e geek, mas anyway…).
Hoje foi o dia em que, há 32 anos atrás, estreou “Star Wars”, o primeiro-que-virou-quarto filme da trilogia-que-virou-uma-série-de-seis, nos Estados Unidos.
E hoje também foi o “Dia da Toalha”, em homenagem ao livro “Guia do Mochileiro das Galáxias”.
Enfim… talvez hoje é um dia para os nerds, mesmo…:-P
PS: do blog da revista Superinteressante: 10 jeitos de comemorar o Dia do Orgulho Nerd
Hoje foi o dia em que, há 32 anos atrás, estreou “Star Wars”, o primeiro-que-virou-quarto filme da trilogia-que-virou-uma-série-de-seis, nos Estados Unidos.
E hoje também foi o “Dia da Toalha”, em homenagem ao livro “Guia do Mochileiro das Galáxias”.
Enfim… talvez hoje é um dia para os nerds, mesmo…:-P
PS: do blog da revista Superinteressante: 10 jeitos de comemorar o Dia do Orgulho Nerd
Depois de um bom tempo de reflexões, relutâncias e adiamentos, acabei entrando em mais um sistema de redes sociais. Tenho me mantido meio receoso de ficar entrando em redes sociais justamente porque não quero ficar entrando em serviços para depois acabara abandonando-os, mas enfim… pelo o que eu vi a interface do Facebook é “estrangeira” em relação àquela interface da rede social que nós brasileiros conhecemos tão bem há tanto tempo, o orkut. A que parece não há um conceito de “página central”, e sim um monte de módulos que podem se inter-comunicar ou não, com uma linha de updates sempre disponível apara digitar, o que me fez lembrar do twitter duma certa forma.
Anyway, resumindo ainda me sinto um tanto “perdidão” por lá… mas com o tempo eu acabo me achando.
Anyway, resumindo ainda me sinto um tanto “perdidão” por lá… mas com o tempo eu acabo me achando.
Coreia do Norte, mais uma vez
Pois é, conversa vai, conversa vem, reunião de líderes vai, reunião de líderes vem, e aí vem o país do Kim Jong-Il lembrar que apesar do lenga-lenga, tudo continua como antes no quartel de Abrantes, lançando uns mísseis e fazendo mais testes nucleares (mais detalhes no Estadão e no G1).
A ONU, vai se reunir, mas não vai decidir nada de muito sério como sempre, uma vez que Rússia e principalmente China, membros permanentes do Conselho de Segurança e com direito a veto, no fundo gostam de ver o todo-poderoso EUA e seus aliados principais na Ásia (Coreia do Sul e Japão) serem fustigados e atormentados pelo pequeno regime comunista — faz parte do tal “balanço do poder” que tanto Pequim quanto Moscou buscam restabelecer desde que a Guerra Fria acabou.
Isto posto, vamos lembrar que a Coreia do Norte é uma estagnação só, tanto em termos sociais como políticos. Ver uma manifestação pública coordenada pelo estado nas praçonas centrais da capital Pyongyang é ver pela enésima vez um filme que se repete há décadas seguidas.
De fato, nos dias de hoje a chantagem atômica é o único produto que a Coreia do Norte consegue produzir e exportar com eficiência. E é por isso que, apesar da dança das conversas, o programa nuclear do país não vai acabar tão cedo.
A ONU, vai se reunir, mas não vai decidir nada de muito sério como sempre, uma vez que Rússia e principalmente China, membros permanentes do Conselho de Segurança e com direito a veto, no fundo gostam de ver o todo-poderoso EUA e seus aliados principais na Ásia (Coreia do Sul e Japão) serem fustigados e atormentados pelo pequeno regime comunista — faz parte do tal “balanço do poder” que tanto Pequim quanto Moscou buscam restabelecer desde que a Guerra Fria acabou.
Isto posto, vamos lembrar que a Coreia do Norte é uma estagnação só, tanto em termos sociais como políticos. Ver uma manifestação pública coordenada pelo estado nas praçonas centrais da capital Pyongyang é ver pela enésima vez um filme que se repete há décadas seguidas.
De fato, nos dias de hoje a chantagem atômica é o único produto que a Coreia do Norte consegue produzir e exportar com eficiência. E é por isso que, apesar da dança das conversas, o programa nuclear do país não vai acabar tão cedo.
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24 de maio de 2009
Mais Trash 80’s
Sexta-feira que vem vai rolar 7 anos da Trash 80’s na The Week, na Lapa.
Tinha me enganado a respeito da data, foi mal… o que rolou neste domingo foi na verdade um aquecimento-confraternização de frequentadores da Trash no Frey Café, na R. Frei Caneca.
Tinha me enganado a respeito da data, foi mal… o que rolou neste domingo foi na verdade um aquecimento-confraternização de frequentadores da Trash no Frey Café, na R. Frei Caneca.
3º mandato?
“A república postula a temporalidade e a possibilidade de alternância de poder. Quanto mais se prorroga o mandato, mais se distancia da república e se reaproxima da monarquia.”
Carlos Ayres Britto, em entrevista à Folha deste domingo.
Carlos Ayres Britto, em entrevista à Folha deste domingo.
23 de maio de 2009
5 de maio de 2009
O tempo passa, o tempo voa…
…e lá se vão 7 anos de Trash 80’s, a festa que eu praticamente vi nascer no bar do Hotel Cambridge. Parabéns…;-)
Protesto popular tem poder
Graças aos protestos de judeus e de não-judeus conscientizados contra a visita de estado do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, ele acabou cancelando sua vinda ao Brasil.
Ponto para aqueles que não acreditam que o páis pode ganhar alguma coisa fazendo cafuné num regime que enforca dissidentes, não deixa as mulheres nem os não-muçulmanos serem livres, sonha com a bomba nuclear e nega o Holocausto da II Guerra Mundial e o direito de Israel existir.
Ponto para aqueles que não acreditam que o páis pode ganhar alguma coisa fazendo cafuné num regime que enforca dissidentes, não deixa as mulheres nem os não-muçulmanos serem livres, sonha com a bomba nuclear e nega o Holocausto da II Guerra Mundial e o direito de Israel existir.
4 de maio de 2009
O fim do Geocities
News has reached us of the soon-to-be passing of GeoCities.com. Its adopted parent Yahoo! Inc has decided that it can no longer live with dignity and will soon pull the plug on the comatose Yahoo! GeoCities. In the 1990s, GeoCities was the hottest place of Web 1.0., where you could create a free website with those weird long URLs like geocities.com/RodeoDrive/102538/. Purchased by Yahoo! in January 1999 for no less than three billion dollars, the popularity of GeoCities slumped after Yahoo! imposed restrictive terms of use.
The passing of this iconic Internet site is interesting for two reasons. Firstly, GeoCities (and its competitors like Tripod and Angelfire) were an important catalyst for the development of a World Wide Web with massive user-generated content. Secondly, Yahoo!’s incompetent handling of the GeoCities franchise gives interesting pointers about how online consumers will vote with their feet and abandon a once popular site when its terms of service are no longer to their liking.
In Memoriam GeoCities (1994-2009)
The passing of this iconic Internet site is interesting for two reasons. Firstly, GeoCities (and its competitors like Tripod and Angelfire) were an important catalyst for the development of a World Wide Web with massive user-generated content. Secondly, Yahoo!’s incompetent handling of the GeoCities franchise gives interesting pointers about how online consumers will vote with their feet and abandon a once popular site when its terms of service are no longer to their liking.
In Memoriam GeoCities (1994-2009)
Os 10 piores países para ser blogueiro
Arábia Saudita, Birmânia, China, Cuba, Egito, Irã, Síria, Tunísia, Turcomenistão e Vietnã.
Destaque para o blogueiro birmanês Maung Thura, que está cumprindo uma pena de 59 anos de cadeia por ter divulgado imagens do ciclone Nargis ano passado…
Destaque para o blogueiro birmanês Maung Thura, que está cumprindo uma pena de 59 anos de cadeia por ter divulgado imagens do ciclone Nargis ano passado…
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1 de maio de 2009
O misterioso homenzinho da ilha
Six years after their discovery, the extinct little people nicknamed hobbits who once occupied the Indonesian island of Flores remain mystifying anomalies in human evolution, out of place in time and geography, their ancestry unknown. Recent research has only widened their challenge to conventional thinking about the origins, transformations and migrations of the early human family.
Indeed, the more scientists study the specimens and their implications, the more they are drawn to heretical speculation.
O resto da matéria está aqui.
Indeed, the more scientists study the specimens and their implications, the more they are drawn to heretical speculation.
O resto da matéria está aqui.
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Câncer público, tratamento particular
Da coluna do Diogo Mainardi:
MabThera. É a marca do remédio usado no tratamento de linfomas iguais ao da ministra Dilma Rousseff – os linfomas de células B. Associado à quimioterapia, ele aumenta a possibilidade de cura dos pacientes em cerca de 20%. Dilma Rousseff fez bem em procurar um hospital particular. Seus hematologistas e seus oncologistas podem receitar-lhe o MabThera, como acontece nos Estados Unidos e na Europa. Os mais de 10 000 pacientes com linfomas que todos os anos recorrem aos hospitais públicos brasileiros, por outro lado, não podem contar com o remédio. Porque ele é caro demais para o SUS: um frasco custa 8.000 reais. O que aumenta mesmo, nesses casos, é só a possibilidade de morrer.
MabThera. É a marca do remédio usado no tratamento de linfomas iguais ao da ministra Dilma Rousseff – os linfomas de células B. Associado à quimioterapia, ele aumenta a possibilidade de cura dos pacientes em cerca de 20%. Dilma Rousseff fez bem em procurar um hospital particular. Seus hematologistas e seus oncologistas podem receitar-lhe o MabThera, como acontece nos Estados Unidos e na Europa. Os mais de 10 000 pacientes com linfomas que todos os anos recorrem aos hospitais públicos brasileiros, por outro lado, não podem contar com o remédio. Porque ele é caro demais para o SUS: um frasco custa 8.000 reais. O que aumenta mesmo, nesses casos, é só a possibilidade de morrer.
Brasil e os seus lixões autoritários
Ontem aconteceu uma coisa excelente: o Superior Tribunal Federal revogou a Lei de Imprensa, lei que constrangia a liberdade de expressão e a liberdade de quem se expressava em nome… em nome do poder.
Esta lei foi baixada pelo ditador Castelo Branco em 1967, preparando o terreno para o AI-5 que viria pouco tempo depois. O AI-5 caiu, temos uma constituição democrática desde 1988, mas a Lei de Imprensa ainda estava lá, como uma foice ameaçadora para quem, uh, “saísse da linha”.
A verdade é que muitos políticos até gostavam que fossem assim, tanto que vez ou outra eu via na imprensa até pouco tempo atrás políticos ameaçando usá-la contra jornalistas ou até mesmo propondo ao congresso que a tornasse mais rígida, para coibir a fiscalização de suas nobres atividades…
Anyway, o fato é que até mesmo a organização norte-americana Freedom House apontava a existência da Lei de Imprensa como um dos fatores de ameaça à liberdade da mesma no Brasil.
Alguns disseram que a revogação dela viria abrir um “vazio jurídico” e que a imprensa precisaria de algo para punir seus eventuais abusos… bom, eu não acredito nisso.
Primeiro, porque na minha humilde opinião qualquer peça de lei que não tenha sido gerada por um e num ambiente democrático careceria automaticamente de legitimidade nos dias de hoje aqui no Brasil. E segundo, porque já há sim no país as devidas leis estabelecidas para punir eventuais abusos cometidos por jornalistas em geral. O que não pode mais é a apreensão prévia de publicações, censuras prévias ou coisas do gênero.
Enfim, esse lixão autoritário foi pro esgoto da história ontem. Bom para o Brasil.
Mas hoje, dia do trabalho, me lembro de outro tremendo lixo autoritário que ainda se mantém vivo graças ao peleguismo sindical hoje em dia devidamente abençoado pela “base aliada” do governo que orbita em torno do PT: o imposto sindical que alimenta os sindicatos verticais.
Este imposto e sua obrigatoriedade é uma excrescência dos tempos da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas, o fascista caboclo. O tempo passou, mas o imposto sempre continuou lá, para a alegria dos chefes de sindicato. Na virada dos anos 70 para 80 os então sindicalistas independentes que iriam formar o PT e a Força Sindical defendiam o fim do imposto e a liberalização dos sindicatos. Mas aí, no século 21, quando estes mesmos chegaram ao poder em Brasília, o papo foi mudando… até culminar com o que aconteceu ano passado, quando contra as recomendações e o senso comum o imposto sindical obrigatório foi mantido, com direito a comemorações com champanhe nos palácios oficiais por aqueles que um dia já foram os pobres líderes de trabalhadores lutando contra a ditadura militar e a carestia…
Pois é. A gente deve lembrar que, além do simples fato de, a custos duríssimos, sermos uma democracia hoje em dia, há ainda muita coisa a ser questionada e reformada no meio do emaranhado de leis que ainda existem neste país. Apesar de tudo, mãos à obra, né?
PS: o jornalista Augusto Nunes fez uma boa análise do caso do fim da Lei de Imprensa no blog-site que ele inaugurou recentemente.
PS2: e o site francês “Repórteres Sem Fronteiras”, de olho no lance, escreveu a respeito do fim da Lei de Imprensa no Brasil também.
Esta lei foi baixada pelo ditador Castelo Branco em 1967, preparando o terreno para o AI-5 que viria pouco tempo depois. O AI-5 caiu, temos uma constituição democrática desde 1988, mas a Lei de Imprensa ainda estava lá, como uma foice ameaçadora para quem, uh, “saísse da linha”.
A verdade é que muitos políticos até gostavam que fossem assim, tanto que vez ou outra eu via na imprensa até pouco tempo atrás políticos ameaçando usá-la contra jornalistas ou até mesmo propondo ao congresso que a tornasse mais rígida, para coibir a fiscalização de suas nobres atividades…
Anyway, o fato é que até mesmo a organização norte-americana Freedom House apontava a existência da Lei de Imprensa como um dos fatores de ameaça à liberdade da mesma no Brasil.
Alguns disseram que a revogação dela viria abrir um “vazio jurídico” e que a imprensa precisaria de algo para punir seus eventuais abusos… bom, eu não acredito nisso.
Primeiro, porque na minha humilde opinião qualquer peça de lei que não tenha sido gerada por um e num ambiente democrático careceria automaticamente de legitimidade nos dias de hoje aqui no Brasil. E segundo, porque já há sim no país as devidas leis estabelecidas para punir eventuais abusos cometidos por jornalistas em geral. O que não pode mais é a apreensão prévia de publicações, censuras prévias ou coisas do gênero.
Enfim, esse lixão autoritário foi pro esgoto da história ontem. Bom para o Brasil.
Mas hoje, dia do trabalho, me lembro de outro tremendo lixo autoritário que ainda se mantém vivo graças ao peleguismo sindical hoje em dia devidamente abençoado pela “base aliada” do governo que orbita em torno do PT: o imposto sindical que alimenta os sindicatos verticais.
Este imposto e sua obrigatoriedade é uma excrescência dos tempos da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas, o fascista caboclo. O tempo passou, mas o imposto sempre continuou lá, para a alegria dos chefes de sindicato. Na virada dos anos 70 para 80 os então sindicalistas independentes que iriam formar o PT e a Força Sindical defendiam o fim do imposto e a liberalização dos sindicatos. Mas aí, no século 21, quando estes mesmos chegaram ao poder em Brasília, o papo foi mudando… até culminar com o que aconteceu ano passado, quando contra as recomendações e o senso comum o imposto sindical obrigatório foi mantido, com direito a comemorações com champanhe nos palácios oficiais por aqueles que um dia já foram os pobres líderes de trabalhadores lutando contra a ditadura militar e a carestia…
Pois é. A gente deve lembrar que, além do simples fato de, a custos duríssimos, sermos uma democracia hoje em dia, há ainda muita coisa a ser questionada e reformada no meio do emaranhado de leis que ainda existem neste país. Apesar de tudo, mãos à obra, né?
PS: o jornalista Augusto Nunes fez uma boa análise do caso do fim da Lei de Imprensa no blog-site que ele inaugurou recentemente.
PS2: e o site francês “Repórteres Sem Fronteiras”, de olho no lance, escreveu a respeito do fim da Lei de Imprensa no Brasil também.
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28 de abril de 2009
O fim da opção de posts anônimos no orkut.
Pois é, foi isso que fiquei sabendo através da leitura duma das comunidades que participo. O princípio, segundo dizem, seria coibir a ação de pedófilos. Mas vamos analisar uma coisa:
Com certeza os pedófilos não existem só por causa da questão da privacidade e do anonimato na internet. E tem outra coisa: existem um monte de vários outros serviços na internet internacional que permitem o anonimato de uma forma ou de outra. E aí, o Brasil vai bloquear/policiar todos estes sites? Construir um Grande Firewall para barrar e filtrar tudo, como acontece hoje em dia na China?
Se o governo do Brasil continuar com iniciativas policialescas como aqueles projetos de lei do senador Eduardo Azeredo e do Tarso Genro, estaremos muito, muito mal.
Medidas que punem ou limitam a imensa maioria dos inocentes em nome do combate a alguns culpados nunca me pareceu coerente…
Com certeza os pedófilos não existem só por causa da questão da privacidade e do anonimato na internet. E tem outra coisa: existem um monte de vários outros serviços na internet internacional que permitem o anonimato de uma forma ou de outra. E aí, o Brasil vai bloquear/policiar todos estes sites? Construir um Grande Firewall para barrar e filtrar tudo, como acontece hoje em dia na China?
Se o governo do Brasil continuar com iniciativas policialescas como aqueles projetos de lei do senador Eduardo Azeredo e do Tarso Genro, estaremos muito, muito mal.
Medidas que punem ou limitam a imensa maioria dos inocentes em nome do combate a alguns culpados nunca me pareceu coerente…
Taliban e a ameaça atômica
Oito anos atrás, eles destruíam budas. Agora, eles estão perto de conseguir o controle de um país com perto 200 milhões de habitantes e que tem arsenal nuclear de centenas de bombas, o Paquistão. Parece exagero? Então dá uma lida nos links:
Fact-finding visit by Reporters Without Borders to Swat “valley of fear”
Disarray on Pakistan Taleban threat
O curioso é que, me lembrando aqui de “Fahrenheit 9/11” do Michael Morre, ele dizia que o grande problema do governo norte-americano durante a primeira fase da chamada “Guerra ao Terror” foi justamente o fato dos EUA nunca ter encarado o problema paquistanês de frente.
O islamo-totalitarismo hoje em dia continua sendo uma ameaça gigantesca, e que pelo jeito não está aprando de crescer, principalmente na mais perigosa das regiões, o chamado “pashtunistão”. Com o Paquistão, a OTAN e se bobear até mesmo os EUA cada vez menos dispostos a mandar soldados e armamento em número suficiente para conter o avanço do terror, que rumo este lance todo vai tomar? Aguarde os próximos capítulos…
Eu só sei daqui duma coisa: fazer acordos de paz com terroristas e fanáticos nunca valeu a pena.
Fact-finding visit by Reporters Without Borders to Swat “valley of fear”
Disarray on Pakistan Taleban threat
O curioso é que, me lembrando aqui de “Fahrenheit 9/11” do Michael Morre, ele dizia que o grande problema do governo norte-americano durante a primeira fase da chamada “Guerra ao Terror” foi justamente o fato dos EUA nunca ter encarado o problema paquistanês de frente.
O islamo-totalitarismo hoje em dia continua sendo uma ameaça gigantesca, e que pelo jeito não está aprando de crescer, principalmente na mais perigosa das regiões, o chamado “pashtunistão”. Com o Paquistão, a OTAN e se bobear até mesmo os EUA cada vez menos dispostos a mandar soldados e armamento em número suficiente para conter o avanço do terror, que rumo este lance todo vai tomar? Aguarde os próximos capítulos…
Eu só sei daqui duma coisa: fazer acordos de paz com terroristas e fanáticos nunca valeu a pena.
27 de abril de 2009
Human Rights Watch e o legado da ditadura no Brasil
Brazil: Prosecute Dictatorship-Era Abuses
Brazil has had neither trials nor even a truth commission to address the very serious crimes that took place, and is lagging behind the region in accountability for past abuses. It's been nearly a quarter century since the transition to democracy. The victims and their families have waited too long for justice.
Brazil has had neither trials nor even a truth commission to address the very serious crimes that took place, and is lagging behind the region in accountability for past abuses. It's been nearly a quarter century since the transition to democracy. The victims and their families have waited too long for justice.
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Dilma e o câncer
Pedro Doria faz uma análise do câncer que Dilma Roussef está combatendo e aposta: ela não sairá mais candidata à presidência da república. A partir daí (o que já é uma análise minha), acho que pode acontecer o seguinte: ou o Traso Genro assume o bastão ou Sérgio Cabral, governador do Rio pelo PMDB, se lança candidato com um vice do PT, coisa que o partido, que tem por tradição sempre “sentar na poltrona com janela” sendo a principal cabeça nas grandes disputas eleitorais, custaria a engolir.
Mas tudo é muito cedo ainda. E não me considero assim um grande ganhador de apostas… no passado achei que o Obama ia perder, por exemplo.
Mas tudo é muito cedo ainda. E não me considero assim um grande ganhador de apostas… no passado achei que o Obama ia perder, por exemplo.
24 de abril de 2009
Guiné-Bissau, Moçambique e Angola…
Instituto tocando Tim Maia no Som Brasil? Bom, eu fotografei a banda semana passada no Zahi, ex-Blen Blen Club, lá na Vila Madalena. Confiram.
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23 de abril de 2009
O Refúgio de Platão
Matéria interessante sobre a casa de swing mais famosa da cdade de Nova York na era pós-Woodstock e pré-AIDS, a Plato’s Retreat: The Studio 54 of Sex.
Não custa lembrar
1. Gilmar Mendes foi indicado ao STF pelo FHC e Joaquim Barbosa, por Lula. Ano que vem vai haver eleições presidenciais.
2. Esta é a 1ª “geração” do STF que tem seu trabalho diariamente transmitido ao vivo pela TV (pela TV Jutiça, transmitida pelos canais a cabo). E sabem como é, como diria aquele teorema quântico, a presença do termômetro em si pode mudar a temperatura da água que o próprio termômetro ia medir.
2. Esta é a 1ª “geração” do STF que tem seu trabalho diariamente transmitido ao vivo pela TV (pela TV Jutiça, transmitida pelos canais a cabo). E sabem como é, como diria aquele teorema quântico, a presença do termômetro em si pode mudar a temperatura da água que o próprio termômetro ia medir.
22 de abril de 2009
Política no Brasil é assim
Maluf, Sarney e Collor. Todos na base de apoio do governo Lula. Que maravilha…:-P
18 de abril de 2009
Shaquille O’Neal fala sobre Ghostwrittters de Twitter
It's 140 characters. It's so few characters. If you need a ghostwriter for that, I feel sorry for you.
Mais, no artigo do New York Times. Ah, o twitter dele é este.
(link pescado do blog do Nemo Nox)
Mais, no artigo do New York Times. Ah, o twitter dele é este.
(link pescado do blog do Nemo Nox)
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9 de abril de 2009
Perguntar não ofende
Se em 2010 Brasília faz 50 anos, por que a Biblioteca Nacional, a Petrobras, a ANP, o COB e a CBF ainda estão no Rio?
7 de abril de 2009
Mais sobre os 45 anos do golpe… e do que veio depois
No post recente que o Pedro Doria escreveu sobre o assunto.
31 de março de 2009
Antes que eu me esqueça…
…sim, os EUA apoiaram o Glope de 64. Mas jogar a culpa toda na terra da águia da cabeça branca e na Guerra Fria que existia na época um jogo tão fácil quanto mentiroso. O fato é que o desrespeito à democracia na época (e em alguns casos, ainda hoje…), assim como o Pedro de Lara a a Aracy de Almedia, eram coisa nossa. O sociedade brasileira, a despeito das visões polianistas propagadas por historiadores, é de formação autoritária, corrupta e violenta, forjada em séculos de fidalguia, colonialismo, escravidão, absolutismo, somando-se aí no século 20 ao fascismo caboclo de Getúlio Vargas e as mazelas conhecidas da ditadura militar.
O Grande Desafio do Brasil neste século 21 é justamente desmontar esta estrutura antiquíssma para construir uma nova estrutura realmente democrática. Não está sendo e não vai ser uma tarefa fácil.
O Grande Desafio do Brasil neste século 21 é justamente desmontar esta estrutura antiquíssma para construir uma nova estrutura realmente democrática. Não está sendo e não vai ser uma tarefa fácil.
Golpe militar de 1964
45 anos esta noite.
É trsitemente engraçado lembrar que naquela época as “classes médias bem-informadas”, incluindo aí a grande imprensa, do país aopiaram o golpe, chamando-o de “vitória da democracia sobre o comunismo”. Mas João Goulart, além de nunca ter sido comunista, também era o presidente legítimo do Brasil, eleito democraticamente pelo povo, num governo constitucional. Foi o general-ditador Castelo Branco, que nunca foi eleito para absolutamente nada, que cassou políticos, fechou os todos os partidos políticos, impôs a censura, caneclou as eleições que estavam agendadas para 1965 e cancelou a constituição de 1946 através dos tais “atos institucionais”. Mas as tais classes esclarecidas não estavam nem aí para isso. A ditadura militar brasileira começou em 1964, mas a ficha só caiu em 1968, com o AI-5. Só que aí já era tarde demais e a ditadura já estava solidificada em suas estruturas de poder.
Aí veio o tal do “milagre econômico brasileiro” e Garrastazu Médici, Pelé e Roberto Carlos eram os ídolos das multidões que deliravam com Opalas e Fuscas transitando pela Transamazônica que havia vencido o tal “Inferno Verde”, como a Floresta Amazônica era chamada na época.
O Brasil só passou a ver a importância da democracia quando a crise do petróleo em 1974 causada pela Guerra do Yom Kippur e a posse de Jimmy Carter (que não era partidário da política anterior de Washington de apoiar incondicionalmente ditaduras anti-comunistas ao redor do mundo) na Casa Branca em 1977 começou a fazer a ditadura brasileira ruir.
Mas nessa altura o país já estava diferente, majoritariamente urbano, e com as consequências das políticass da ditadura começando a aparecer. Então veio uma conscientização gradual de todas as pessoas em favor da volta da libredade, em meio à ao caos da hiperinflação não-assumida, das favelas gigantescas, dos arrochos salariais, e um presidente que preferia sentir o cheiro dos cavalos e ir a Cleveland para operar o coração. Mas isso é uma outra história…
É trsitemente engraçado lembrar que naquela época as “classes médias bem-informadas”, incluindo aí a grande imprensa, do país aopiaram o golpe, chamando-o de “vitória da democracia sobre o comunismo”. Mas João Goulart, além de nunca ter sido comunista, também era o presidente legítimo do Brasil, eleito democraticamente pelo povo, num governo constitucional. Foi o general-ditador Castelo Branco, que nunca foi eleito para absolutamente nada, que cassou políticos, fechou os todos os partidos políticos, impôs a censura, caneclou as eleições que estavam agendadas para 1965 e cancelou a constituição de 1946 através dos tais “atos institucionais”. Mas as tais classes esclarecidas não estavam nem aí para isso. A ditadura militar brasileira começou em 1964, mas a ficha só caiu em 1968, com o AI-5. Só que aí já era tarde demais e a ditadura já estava solidificada em suas estruturas de poder.
Aí veio o tal do “milagre econômico brasileiro” e Garrastazu Médici, Pelé e Roberto Carlos eram os ídolos das multidões que deliravam com Opalas e Fuscas transitando pela Transamazônica que havia vencido o tal “Inferno Verde”, como a Floresta Amazônica era chamada na época.
O Brasil só passou a ver a importância da democracia quando a crise do petróleo em 1974 causada pela Guerra do Yom Kippur e a posse de Jimmy Carter (que não era partidário da política anterior de Washington de apoiar incondicionalmente ditaduras anti-comunistas ao redor do mundo) na Casa Branca em 1977 começou a fazer a ditadura brasileira ruir.
Mas nessa altura o país já estava diferente, majoritariamente urbano, e com as consequências das políticass da ditadura começando a aparecer. Então veio uma conscientização gradual de todas as pessoas em favor da volta da libredade, em meio à ao caos da hiperinflação não-assumida, das favelas gigantescas, dos arrochos salariais, e um presidente que preferia sentir o cheiro dos cavalos e ir a Cleveland para operar o coração. Mas isso é uma outra história…
27 de março de 2009
Sintonizando a estação
18 de fevereiro de 2009
12 de fevereiro de 2009
8 de fevereiro de 2009
Lembram daquelas mortes no zoológico de São Paulo…
…que aconteceram em 2004, em que disseram que se tratava de envenenamento? Pois bem, tudo indica que não se tratava de envenenamento coisíssima nenhuma, e sim consequência de uma doença que era transmitida por ratos que estavam infestando o zoológico na época. Sem trocadilho, eis aí um trecho da matéria da Época que fala a respeito:
ntre janeiro e março de 2004, cerca de 100 mamíferos morreram no zoológico de São Paulo. À falta de uma explicação melhor, a direção do zoológico atribuiu as mortes à ação de um misterioso serial killer, que, interessado em prejudicar a imagem do parque, teria posto veneno de rato na comida dos animais. A investigação mobilizou a polícia, a Justiça, a imprensa e o público durante meses.
Cinco anos depois, o suposto assassino nunca foi encontrado. Crime perfeito? Não. Evidências esmagadoras indicam que a verdadeira causa mortis dos animais foi encefalomiocardite, uma doença causada por vírus e transmitida aos mamíferos do zoo pelos ratos que infestavam o zoológico entre 2004 e 2005.
ÉPOCA obteve documentos inéditos sobre o caso, inclusive a lista de animais mortos no zoológico naquele período, cuja autenticidade foi confirmada por ex-funcionários do zoo. Esses documentos mostram que a tese do serial killer não tem sustentação nos fatos.
A lista de animais mortos derruba a tese do “assassino em série”. Ela mostra que em 2005 houve um surto de características em tudo semelhantes ao de 2004. Ao contrário do que aconteceu em 2004, no ano seguinte a direção do zoológico conseguiu identificar claramente a causa do surto: uma zoonose (doença animal) transmitida pelas fezes de ratos, a encefalomiocardite, ou ECM. A morte por ECM tem características semelhantes àquelas dos animais vitimados em 2004.
Aparentemente, em 2004 os responsáveis pelo zoológico desconheciam a existência de ECM no Brasil, o que pode tê-los levado a não considerar essa hipótese naquela ocasião.
Em 2005, ao contrário do que ocorrera em 2004, a direção do zoológico de São Paulo não fez alarde sobre as mortes de animais. O fato só veio a público em 2007, quando, pressionada pelo vazamento da informação, a Fundação Zoológico enviou uma carta a respeito ao Conselho Estadual do Meio Ambiente.
O que é interessante é que quando as mortes de 2004 aconteceram, a grande imprensa engoliu direitinho, sem reclamar, as versões e suposições ditas pela direção do zoo, como se elas fossem absolutamente acima de qualquer suspeita.
ntre janeiro e março de 2004, cerca de 100 mamíferos morreram no zoológico de São Paulo. À falta de uma explicação melhor, a direção do zoológico atribuiu as mortes à ação de um misterioso serial killer, que, interessado em prejudicar a imagem do parque, teria posto veneno de rato na comida dos animais. A investigação mobilizou a polícia, a Justiça, a imprensa e o público durante meses.
Cinco anos depois, o suposto assassino nunca foi encontrado. Crime perfeito? Não. Evidências esmagadoras indicam que a verdadeira causa mortis dos animais foi encefalomiocardite, uma doença causada por vírus e transmitida aos mamíferos do zoo pelos ratos que infestavam o zoológico entre 2004 e 2005.
ÉPOCA obteve documentos inéditos sobre o caso, inclusive a lista de animais mortos no zoológico naquele período, cuja autenticidade foi confirmada por ex-funcionários do zoo. Esses documentos mostram que a tese do serial killer não tem sustentação nos fatos.
A lista de animais mortos derruba a tese do “assassino em série”. Ela mostra que em 2005 houve um surto de características em tudo semelhantes ao de 2004. Ao contrário do que aconteceu em 2004, no ano seguinte a direção do zoológico conseguiu identificar claramente a causa do surto: uma zoonose (doença animal) transmitida pelas fezes de ratos, a encefalomiocardite, ou ECM. A morte por ECM tem características semelhantes àquelas dos animais vitimados em 2004.
Aparentemente, em 2004 os responsáveis pelo zoológico desconheciam a existência de ECM no Brasil, o que pode tê-los levado a não considerar essa hipótese naquela ocasião.
Em 2005, ao contrário do que ocorrera em 2004, a direção do zoológico de São Paulo não fez alarde sobre as mortes de animais. O fato só veio a público em 2007, quando, pressionada pelo vazamento da informação, a Fundação Zoológico enviou uma carta a respeito ao Conselho Estadual do Meio Ambiente.
O que é interessante é que quando as mortes de 2004 aconteceram, a grande imprensa engoliu direitinho, sem reclamar, as versões e suposições ditas pela direção do zoo, como se elas fossem absolutamente acima de qualquer suspeita.
6 de fevereiro de 2009
O começo do começo do fim… no ano do fim
Há exatos 20 anos atrás, a Alemanha Oriental e seu Muro de Berlim mataram sua última vítima. E ao mesmo tempo, o governo comunista da Polônia finalmente começou a entregar os pontos, negociando a sério com Lech Walesa.
1989 foi um ano interessante. No início dele, se você dissesse que o tal muro iria cair e todo os regimes comunistas do Leste Europeu iriam cair como um castelo de cartas, você seria tachado de inconsequente. Mas no final do ano, foi o que aconteceu, com direito até a ditador executado nas capas dos jornais. Ainda assim, mesmo na virada de 1989 para 1990 pouquíssimos ousaram dizer que a “eterna” União Soviética iria ruir também…
1989 foi um ano interessante. No início dele, se você dissesse que o tal muro iria cair e todo os regimes comunistas do Leste Europeu iriam cair como um castelo de cartas, você seria tachado de inconsequente. Mas no final do ano, foi o que aconteceu, com direito até a ditador executado nas capas dos jornais. Ainda assim, mesmo na virada de 1989 para 1990 pouquíssimos ousaram dizer que a “eterna” União Soviética iria ruir também…
5 de fevereiro de 2009
Diesel de café
Deu na Economist:
RUNNING a diesel engine on a plant-based fuel is hardly a new idea. Indeed, one of the early demonstrations shown by Rudolph Diesel, the German engineer who invented the engines at the end of the 1800s, operated on pure peanut oil. Diesel fuel made from crude oil eventually won the day because it was easier to use and cheaper to produce. Now new forms of biodiesel are starting to change the picture again. And one of the latest sources comes from the remains of a drink enjoyed the world over: coffee.
Biodiesels are becoming increasingly popular. In America, Minnesota has decreed that all diesel sold in the state has to contain 2% biodiesel (much of it from the crops grown by the state’s soya farmers). Biodiesel can also be found blended into the fuel used by public and commercial vehicles and by trains in a number of countries. Aircraft-engine makers are also testing biofuel blends. Because biodiesels can be made from materials derived from plants, which use carbon dioxide to grow, they potentially have a much lower carbon footprint than petroleum-based fuels.
Coffee is also a plant product, but once the beans are ground and used they end up being thrown away or put on gardens as compost. Narasimharao Kondamudi, Susanta Mohapatra and Manoranjan Misra of the University of Nevada at Reno have found that coffee grounds can yield by weight 10-15% of biodiesel relatively easily. Moreover, when run in an engine the fuel does not have an offensive smell—just a whiff of coffee. Some biodiesels made from used cooking-oil leave a car exhaust smelling like a fast-food joint. And after the diesel has been extracted, the coffee grounds can still be used for compost.
The researchers’ work began two years ago when Dr Misra, a heavy coffee drinker, left a cup unfinished and the next day noticed that the coffee was covered by a film of oil. Since he was investigating biofuels, Dr Misra enlisted his colleagues to look at coffee’s potential. The nearby Starbucks was happy to oblige by supplying grounds.
Pois é. Bem antes de eu saber disso eu costumava brincar chamando às vezes o café de “combustível”. Mal eu sabia que o que era brincadeira viraria algo para valer.
RUNNING a diesel engine on a plant-based fuel is hardly a new idea. Indeed, one of the early demonstrations shown by Rudolph Diesel, the German engineer who invented the engines at the end of the 1800s, operated on pure peanut oil. Diesel fuel made from crude oil eventually won the day because it was easier to use and cheaper to produce. Now new forms of biodiesel are starting to change the picture again. And one of the latest sources comes from the remains of a drink enjoyed the world over: coffee.
Biodiesels are becoming increasingly popular. In America, Minnesota has decreed that all diesel sold in the state has to contain 2% biodiesel (much of it from the crops grown by the state’s soya farmers). Biodiesel can also be found blended into the fuel used by public and commercial vehicles and by trains in a number of countries. Aircraft-engine makers are also testing biofuel blends. Because biodiesels can be made from materials derived from plants, which use carbon dioxide to grow, they potentially have a much lower carbon footprint than petroleum-based fuels.
Coffee is also a plant product, but once the beans are ground and used they end up being thrown away or put on gardens as compost. Narasimharao Kondamudi, Susanta Mohapatra and Manoranjan Misra of the University of Nevada at Reno have found that coffee grounds can yield by weight 10-15% of biodiesel relatively easily. Moreover, when run in an engine the fuel does not have an offensive smell—just a whiff of coffee. Some biodiesels made from used cooking-oil leave a car exhaust smelling like a fast-food joint. And after the diesel has been extracted, the coffee grounds can still be used for compost.
The researchers’ work began two years ago when Dr Misra, a heavy coffee drinker, left a cup unfinished and the next day noticed that the coffee was covered by a film of oil. Since he was investigating biofuels, Dr Misra enlisted his colleagues to look at coffee’s potential. The nearby Starbucks was happy to oblige by supplying grounds.
Pois é. Bem antes de eu saber disso eu costumava brincar chamando às vezes o café de “combustível”. Mal eu sabia que o que era brincadeira viraria algo para valer.
A Fabulosa Nação do Hamastão
Deu na Folha Online:
Agentes do Hamas em Gaza entraram em um depósito da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) e confiscaram milhares de cobertores e centenas de porções de comida, disse nesta terça-feira Christopher Gunness, porta-voz da ONU.
O episódio levanta a preocupação com a possibilidade de ruptura da colaboração de emergência entre o grupo radical que domina o território palestino e a organização que se dedica à assistência humanitária aos moradores.
Os homens do Hamas levaram "3,5 mil cobertores e 406 porções de comida de um armazém de distribuição em um acampamento de Gaza", diz um comunicado da organização. Os suprimentos haviam sido doados por vários países. O episódio, acrescenta a nota, "ocorreu depois que o pessoal da UNRWA rejeitou entregar a ajuda ao Ministério de Assuntos Sociais do Hamas".
É isso aí. Você mandou ajuda para as criancinhas palestinas fracas e oprimidas que mostraram na TV e quem fica com ela são os brutais, bem-nutridos e bem-armados guerrilheiros-terroristas do Hamas, o partido armado que controla a Faixa de Gaza.
Agentes do Hamas em Gaza entraram em um depósito da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) e confiscaram milhares de cobertores e centenas de porções de comida, disse nesta terça-feira Christopher Gunness, porta-voz da ONU.
O episódio levanta a preocupação com a possibilidade de ruptura da colaboração de emergência entre o grupo radical que domina o território palestino e a organização que se dedica à assistência humanitária aos moradores.
Os homens do Hamas levaram "3,5 mil cobertores e 406 porções de comida de um armazém de distribuição em um acampamento de Gaza", diz um comunicado da organização. Os suprimentos haviam sido doados por vários países. O episódio, acrescenta a nota, "ocorreu depois que o pessoal da UNRWA rejeitou entregar a ajuda ao Ministério de Assuntos Sociais do Hamas".
É isso aí. Você mandou ajuda para as criancinhas palestinas fracas e oprimidas que mostraram na TV e quem fica com ela são os brutais, bem-nutridos e bem-armados guerrilheiros-terroristas do Hamas, o partido armado que controla a Faixa de Gaza.
30 de janeiro de 2009
Protecionismo nos olhos dos outros é refresco
Foi engraçado ver Lula na TV reclamando do protecionismo norte-americano em relação ao aço quando dias antes o próprio governo dele quis limitar e dificultar importações de vários itens através de barreiras burocráticas (o projeto só não foi para frente por causa da gritaria dos empresários).
26 de janeiro de 2009
Proporcionalidade para a câmara: uma proposta
Já que a torto e a direito fala-se de fim da reeleição e esticamento de mandatos como quem sugere mudanças em receita de bolo, vou colocar aqui um post que eu postei em algumas comunidades no Orkut há uns dias atrás. Lá vai:
A gente ouve falar há anos a torto e a direito de várias propostas de reforma política para o Brasil.
Mas uma da qual eu praticamente nunca ouço falar mas que para mim é um dos pontos mais importantes é a da reforma na proporcionalidade homem-voto na câmara dos deputados federais em Brasília.
Eu andei dando uma “estudada” no assunto, e o que eu vi é que em grande parte das democracias estabelecidas, tanto as presidencialistas (Estados Unidos) quanto as parlamentaristas (Grã-Bretanha), tanto os países de primeiro mundo (Alemanha) quanto de terceiro mundo (Índia), a escolha de deputados se dá pelo quociente de votantes por cadeiras, fazendo com que a discrepância de votos para eleger cada deputado seja a mínima possível.
Para quem souber ler na língua do Barack Obama, aí vão dois links que explicam mais ou menos o que eu quis dizer.
Voltando ao Brasil, vemos que as regras aqui fazem com que estados mais populosos (Pará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul) estão sub-representados em termos de deputados no congresso, enquanto estados com pouca população (Roraima, Amapá, Rondônia, Sergipe, Tocantins e até mesmo o Distrito Federal) estão super-representados. Isso acontece porque, de acordo com as regras atuais, cada estado tem um piso de 8 deputados e um teto de 70 deputados federais.
A partir disso, o que fazer, então?
Minha proposta para a proporcionalidade seria a seguinte:
1. Criar um parâmetro para o tamanho, em número total de membros, da câmara dos deputados federais. Esse tipo de determinação seria necessário porque hoje em dia o tamanho da câmara é justamente definido pela regra de “mínimo de 8, máximo de 70 deputados por estado”. Assim, eu proporia a seguinte regra: a de que o número total de deputados federais na câmara seria um múltiplo fixo do número total de senadores federais (hoje em dia são 81, três para cada estado). No caso, acho que uma câmara com um número de membros 6 (486 deputados federais) ou 7 vezes maior (567 deputados federais) do que o senado seria o ideal, pois estaria próximo da configuração atual (513 deputados federais).
2. Criar um sistema de proporção de deputados por estado semelhante ao dos EUA. Lá, a quantidade de deputados federais por estado é definida pelos números do censo populacional, conduzido a cada dez anos. A partir da divisão da quantidade da população do país pelo número de cadeiras disponíveis na câmara, chega-se a um quociente eleitoral que é usado para o cálculo do tamanho de cada bancada estadual. No caso de estados que possuem uma população total inferior ao número de votos do quociente eleitoral, dá-se a eles o direito de eleger pelo menos 1 deputado federal para cada um destes estados. Causa-se uma desproporção? Causa, mas essa desproporção ainda sim seria muito menor do que ocorre hoje em dia no Brasil.
3. Criar sistemas de compensação financeira ou estrutural (benefícios fiscais, programas de colonização de terras, etc.) para beneficiar aqueles estados que perdessem deputados federais nesta reforma de proporcionalidade, para compensar a perda de poder no congresso e diminuir tensões.
4. Consolidar este projeto de reforma e lançá-lo na base da iniciativa popular, que demanda um abaixo-assinado de 1 milhão e 250 mil pessoas em 5 estados diferentes.
5. E para evitar a interferência de congressistas que poderiam travar ou melar a reforma, a opção de referendo nacional para a aprovação deste reforma seria uma saída possível.
A gente ouve falar há anos a torto e a direito de várias propostas de reforma política para o Brasil.
Mas uma da qual eu praticamente nunca ouço falar mas que para mim é um dos pontos mais importantes é a da reforma na proporcionalidade homem-voto na câmara dos deputados federais em Brasília.
Eu andei dando uma “estudada” no assunto, e o que eu vi é que em grande parte das democracias estabelecidas, tanto as presidencialistas (Estados Unidos) quanto as parlamentaristas (Grã-Bretanha), tanto os países de primeiro mundo (Alemanha) quanto de terceiro mundo (Índia), a escolha de deputados se dá pelo quociente de votantes por cadeiras, fazendo com que a discrepância de votos para eleger cada deputado seja a mínima possível.
Para quem souber ler na língua do Barack Obama, aí vão dois links que explicam mais ou menos o que eu quis dizer.
Voltando ao Brasil, vemos que as regras aqui fazem com que estados mais populosos (Pará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul) estão sub-representados em termos de deputados no congresso, enquanto estados com pouca população (Roraima, Amapá, Rondônia, Sergipe, Tocantins e até mesmo o Distrito Federal) estão super-representados. Isso acontece porque, de acordo com as regras atuais, cada estado tem um piso de 8 deputados e um teto de 70 deputados federais.
A partir disso, o que fazer, então?
Minha proposta para a proporcionalidade seria a seguinte:
1. Criar um parâmetro para o tamanho, em número total de membros, da câmara dos deputados federais. Esse tipo de determinação seria necessário porque hoje em dia o tamanho da câmara é justamente definido pela regra de “mínimo de 8, máximo de 70 deputados por estado”. Assim, eu proporia a seguinte regra: a de que o número total de deputados federais na câmara seria um múltiplo fixo do número total de senadores federais (hoje em dia são 81, três para cada estado). No caso, acho que uma câmara com um número de membros 6 (486 deputados federais) ou 7 vezes maior (567 deputados federais) do que o senado seria o ideal, pois estaria próximo da configuração atual (513 deputados federais).
2. Criar um sistema de proporção de deputados por estado semelhante ao dos EUA. Lá, a quantidade de deputados federais por estado é definida pelos números do censo populacional, conduzido a cada dez anos. A partir da divisão da quantidade da população do país pelo número de cadeiras disponíveis na câmara, chega-se a um quociente eleitoral que é usado para o cálculo do tamanho de cada bancada estadual. No caso de estados que possuem uma população total inferior ao número de votos do quociente eleitoral, dá-se a eles o direito de eleger pelo menos 1 deputado federal para cada um destes estados. Causa-se uma desproporção? Causa, mas essa desproporção ainda sim seria muito menor do que ocorre hoje em dia no Brasil.
3. Criar sistemas de compensação financeira ou estrutural (benefícios fiscais, programas de colonização de terras, etc.) para beneficiar aqueles estados que perdessem deputados federais nesta reforma de proporcionalidade, para compensar a perda de poder no congresso e diminuir tensões.
4. Consolidar este projeto de reforma e lançá-lo na base da iniciativa popular, que demanda um abaixo-assinado de 1 milhão e 250 mil pessoas em 5 estados diferentes.
5. E para evitar a interferência de congressistas que poderiam travar ou melar a reforma, a opção de referendo nacional para a aprovação deste reforma seria uma saída possível.
25 de janeiro de 2009
No dia de aniversário da minha cidade de São Paulo, eu pergunto:
Quando é que a gente vai ver um Tietê-Pinheiros mais limpo?
Quando é que a gente vai ver os viadutos medonhos construídos em zonas residenciais durante a ditadura militar demolidos?
Quando é que a gente vai ver a cidade realmente preocupada em recuperar o verde que ela perdeu desde os anos 50?
Quando é que a gente vai ver a memória histórica da cidade mais seriamente preservada?
Quando é que a gente vai ver o Centrão tratado com menos desprezo?
Quando é que, no geral, a gente vai passar a ver menos sujeira?
É o que eu deixo no ar.
Quando é que a gente vai ver os viadutos medonhos construídos em zonas residenciais durante a ditadura militar demolidos?
Quando é que a gente vai ver a cidade realmente preocupada em recuperar o verde que ela perdeu desde os anos 50?
Quando é que a gente vai ver a memória histórica da cidade mais seriamente preservada?
Quando é que a gente vai ver o Centrão tratado com menos desprezo?
Quando é que, no geral, a gente vai passar a ver menos sujeira?
É o que eu deixo no ar.
24 de janeiro de 2009
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