29 de janeiro de 2010

26 de janeiro de 2010

E enquanto aqui se fala desses lances de “controle social da mídia”...

...é interessante lembrar dum caso canadense de 1937:

The Accurate News and Information Act was a statute passed by the Legislative Assembly of Alberta, Canada, in 1937, at the instigation of William Aberhart's Social Credit government. It would have required newspapers to print "clarifications" of stories that a committee of Social Credit legislators deemed inaccurate, and to reveal their sources on demand.

The act was a result of the stormy relationship between Aberhart and the press, which dated to before the 1935 election, in the Social Credit League was elected to government. Virtually all of Alberta's newspapers—especially the Calgary Herald—were critical of Social Credit, as were a number of publications from elsewhere in Canada. Even the American media had greeted Aberhart's election with derision.

Though the act won easy passage through the Social Credit-dominated legislature, Lieutenant-Governor of Alberta John C. Bowen reserved royal assent until the Supreme Court of Canada evaluated the act's legality. In 1938's Reference re Alberta Statutes, the court found that it was unconstitutional, and it was never signed into law.

25 de janeiro de 2010

Parabéns, Sampa

Apesar de tudo, acima de tudo.

9 anos de blog

Pois é, ontem o blog completou essa idade, quando o primeiro post foi publicado. Entre idas e vindas, e apesar dos pesares, (ainda) estamos aí.

Mondo bizarro

No G1: O carro velho (ou sucata?) mais caro do mundo.

E ainda querem a Venezuela no Mercosul…

Chávez volta a tirar do ar RCTV

O sinal da Rádio Caracas Televisão (RCTV) voltou a desaparecer das telas à zero-hora de domingo. Proibida em maio de 2007 pelo governo venezuelano de Hugo Chávez de continuar usando o sinal aberto, a emissora passou a transmitir sua programação por cabo e manteve boa parte de sua grande audiência. No sábado, porém, desobedeceu a uma ordem do governo para integrar-se a uma cadeia nacional convocada por Chávez para transmitir parte de seu discurso para uma multidão de manifestantes chavistas que lhe demonstravam apoio.

Na semana passada, a Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) havia determinado que a RCTV e outras emissoras por cabo consideradas "nacionais" deveriam transmitir mensagens do governo. A RCTV recorria da decisão na Justiça e recusou-se a integrar a cadeia no sábado. Foi o pretexto ideal para que, pouco depois, por volta das 21 horas (23h30 de Brasília), o diretor da Conatel e ministro de Obras Públicas, Diosdado Cabello, exigisse das operadoras de TVs por assinatura que tirassem de sua grade os canais que não cumpriam com as normas ditadas pelo órgão. Não mencionou especificamente nenhuma emissora. Além da RCTV, saíram da grade das operadoras os canais American Network, América TV, Ritmo Son, TV Chile e Momentum.

Ditaduras e revisões

Uma coisa interessante é que enquanto muita gente se esforça para revisar todas as ações da ditadura militar que aconteceu entre 1964 e 1985, pouquíssimos — eu diria que particamente ninguém no cenário político no Brasil hoje em dia — ousa questionar, investigar ou até mesmo reconsiderar as leis que foram decretadas durante a ditadura Vargas, que expropriou, matou, torturou e tudo mais. Mas que não gerou indenizações ou reparações a ninguém.

Curiosamente, as ditaduras Vargas e e a militar tiveram ao menos 3 elos pessoais em comum: Francisco Campos, Plínio Salgado e Filinto Müller

13 de janeiro de 2010

Muito triste isso. :-(

Número de mortos no terremoto do Haiti pode passar de 100 mil, afirma premiê

O premiê do Haiti, Jean-Max Bellerive, disse nesta quarta-feira (13) à rede CNN que teme que o número de mortos pelo terremoto que atingiu o país na tarde de terça supere 100 mil pessoas. O número equivale a mais de 1% da população do país da América Central.

O Comando do Exército confirmou a morte de 11 militares brasileiros no Haiti, vítimas do tremor de magnitude 7. O Brasil comanda uma missão de paz da Organização das Nações Unidas no país. Outra morte confirmada é a da fundadora da Pastoral da Criança, a médica Zilda Arns.

12 de janeiro de 2010

O dragão mordeu sua mão?

Vai Google, vai negociar com ditadura para ver o que acontece

Apenas para esclarecer

Eu sou a favor de medidas como a liberação dos arquivos da ditadura e a apuração geral do que aconteceu na época.

O que há de mais asustador no tal “PNDH 3” para mim nem são esses lances. Para mim o primeiro lugar em gravidade é justamente a proposta de criar um controle estatal (ou para-estatal, sob o manto dos tais “movimentos sociais e entidades civis”) sobre o que é veiculado na imprensa e nos meios de comunicação.

E sobre isso, curiosamente, o governo claramente ainda não recuou.

É tudo muito suspeito nessa história; não há hoje em dia nenhuma crise brasileira que poderia ter sido “provocada pelos excessos dos meios de comunicação”. E apesar do sucesso comercial dos três grupos mais odiados pela esquerdaiada (a saber: Globo, Abril e Folha), Lula continua com um índice de aprovação que chega perto dos 80%. Então, qual seria o problema afinal? Qual seria a natureza desse negócio todo, dessa vontade imensa de castrar, amordaçar ou desmantelar a produção destas três empresas?

11 de janeiro de 2010

Rock in Rio, o original, 25 anos hoje

Apesar dos percalços, o primeiro Rock in Rio, cuja realização completa 25 anos hoje (ocorreu entre 11 e 20 de janeiro de 1985), reuniu 1.380 milhão de pessoas (quase três vezes o público do festival de Woodstock) em Jacarepaguá, colocando o Brasil definitivamente no mapa geopolítico do rock-n"-roll. Tornou-se um grande (e único) caso de franchising de rock, inspirando outros aventureiros - já se fala em trazer o festival americano Lolapalloza ao Brasil.

"Não era um projeto megalômano. Ele nasceu megalomaníaco porque se você não botasse 1 milhão de pessoas na plateia o festival não se pagava", disse ao Estado na semana passada o publicitário Roberto Medina, criador do festival, que tinha 35 anos na época. Ele lembra que quando procurou o agente da banda inglesa Queen, Jean Beach, foi inicialmente visto como uma piada. "Ele me disse que, se nem os americanos tinham como fazer o que eu pretendia, muito menos um rapaz brasileiro. E me deu uma champanhe como prêmio de consolação."

Mas quando a coisa pegou, o Queen veio. E muito mais: Iron Maiden, AC/DC, Ozzy Osbourne, B-52"s, Scorpions, Nina Hagen, George Benson, James Taylor, Al Jarreau, Gilberto Gil, entre outros. De lá para cá, ele realizou três edições no Brasil (1985, 1991 e 2001), três em Portugal (Lisboa) e uma na Espanha (Madri). Em 1985, naquele ano pioneiro, foram dez dias, 90 horas e 5.400 minutos de música, doideira, lama e excitação. Veio gente do mundo todo.


Nunca mais haverá um festival como aquele Rock in Rio, que eu acompanhei pela TV, boa parte em transmissão ao vivo (bons tempos aqueles em que se transmitiam mega-shows na TV aberta). Não só pelas atrações, estrutura ou qualquer coisa assim, e sim pela época e pelo espírito de euforia que tomava conta do país. A ditadura militar estava acabando, uma nova era de democracia chegando, e tudo culminou quando, bem durante o tempo em que estava acontecendo o festival, Tancredo Neves foi eleito presidente da república pelo colégio eleitoral em Brasília no dia 15 de janeiro de 1985. Uma das coisas que ficaram na minha cabeça deste dia foi quando eu vi na TV o Kid Abelha chegando ao palco do Rock in Rio carregando juntos uma imensa bandeira do Brasil. Era o começo duma nova era, com novas cabeças, nova cultura, novas perspectivas. Claro que mal se sabia que ainda ia se passar por muitos outros perrengues e crises depois daquele momento, mas o que ficou foi aquele instante de esperança, de alegria, de energia nova de um certo renascimento para o Brasil, um reinício para aqueles que foram testemunhas, e agentes, das boas novas daquele período.

Bom, excluindo esse lance sócio político me lembro que achei legal os shows do Queen e do B-52’s…;-)

Ah, e havia aquele anúncio de “Gel New Wave” colorido que sempre passava nos intervalos das transmissões da TV.

9 de janeiro de 2010

Programa Nacional de Direitos Humanos, o angu indigesto

A princípio, não pega bem no mainstream nacional alguém ser “contra os direitos humanos”, certo?

Pois bem. Isso posto, quando se houve que o governo quer colaborar para a melhora dos tais direitos humanos, a tendência quase automática é aplaudir e dizer: “ah, finalmente o governo está se preocupando com a questão”. Até aí, tudo OK.

OK? Bem, para começo de conversa o próprio conceito de direitos humanos, em si, não é algo com bordas rígidas. Podemos dizer que basicamente estes direitos seriam o de possuir liberdade individual, de não ser torturado, de não ser discriminado, de não ser morto injustamente pelo estado. Só que a partir destas premissas básicas podem-se ramificar vários outros conceitos secundários e terciários, muitas vezes até contraditórios ou discordantes entre si.

Escrevi esta introdução para falar da tal decreto-proposta (porque nada ainda foi aprovado em lei pelo congresso brasileiro) do Plano Nacional de Direitos Humanos. A princípio, na superfície, pode parecer uma coisa boa… mas…

…o governo federal (isto é Lula + PT + ministros) acabarou em nome dos “direitos humanos” criando, na calada do fim de dezembro de 2009 e das doces férias dos parlamentares, um mega-decreto com um conjunto de propostas tão abrangente que sob o manto da tal “promoção dos direitos humanos” abriga em seu conteúdo um monte de propostas suspeitas e autoritárias que sempre foram o sonho dos esquerdistas dentro do PT que sentem amor a Venezuela e Cuba e saudades do Muro de Berlim.

No meio de aparentemente bem-intencionadas propostas de proteger as minorias e garantir o acesso aos arquivos da ditadura militar, estão propostas que, limpas do formalês, mostram claramente a intenção de voltar a controlar a imprensa (através de tribunais específicos e da volta da lei de imprensa e da exigência do diploma de jornalistas, duas medidas sabiamente derrubadas pelo STF ano passado), de estatizar os meios de comunicação e dar ainda mais poder político ao MST, aquela organização que não gosta de pés-de-laranja.

Há também outras propostas polêmicas, mas as maiores ameaças, pelo menos até onde sei agora, está no que descrevi acima.

A maçaroca toda de propostas que foi incluída dentro do tal decreto-proposta (até criação de novo imposto está na jogada!) faz do Plano Nacional de Direitos Humanos, lançado em pleno ano eleitoral, um angu indigesto para quem acha que com democracia não se deveria fazer certos tipos de “brincadeira”. Ah, sim, até mesmo ministros do PMDB, que tem sido o principal partido de apoio da coalizão governista, chiaram diante do tal plano.

Bom, quem quiser ler mais a respeito, vá nesses links:

Decreto golpista de Lula usa direitos humanos para tentar censurar a imprensa e quer movimentos sociais substituindo o congresso (Reinaldo Azevedo, VEJA)

Vai, imprensa, feliz para o abismo!!! (Reinaldo Azevedo, VEJA)

Debate se amplia: pegamos os caras no flagra (Reinaldo Azevedo, VEJA)

Plano de Direitos Humanos provoca onda de protestos (site oficial do Fernando Gabeira)

Entidades de comunicação criticam Plano de Direitos Humanos; OAB consultará comissão (Folha Online)

Oposição vai tentar suspender decreto de Lula que cria Plano de Direitos Humanos (Folha Online)

Plano de direitos humanos enfrentará resistência no Congresso, avaliam líderes (G1)

O Cavalo de Tróia dos Direitos Humanos (texto de Ruy Fabiano no Blog do Noblat, O Globo)

Aí você, eventual leitor anti-VEJA que estiver lendo isto aqui, vai apontar com horror: “nooooooossa, como você ousa citar aquele direitista histérico chamado Reinaldo Azevedo????”. Olha, independente da opinião que você tenha, lamento te informar que nestes três posts eu concordo com praticamente tudo o que ele disse a respeito desta questão. Espero que você não deixe de ser meu amigo por causa disso, OK?…:-P

Liberdade de expressão engloba a multitude de opiniões… até mesmo aquelas que ousam citar a VEJA, a revista mais odiada da blogosfera brasileira.

7 de janeiro de 2010

Lembram do “Bug do Milênio”?

It's Always the End of the World as We Know It

IT seems so distant, 1999. Bill Clinton had survived impeachment, his popularity hardly dented, Sept. 11 was just another date and music fans were enjoying a young singer named Britney Spears.

But there was a particular unease in the air. The so-called Y2K problem, the inability of computers to read dates beyond 1999 threatened to turn Jan. 1, 2000 into a nightmare. The issue had first been noticed by programmers in the 1950s, but had been ignored. As the turn of the century loomed, though, it seemed that humankind faced a litany of horrors.

(…)

No doubt part of the blame must go to those consultants who took businesses and governments for an expensive ride in the lead-up to New Year’s Day. But doom-laden exaggerations about Y2K fell on ears that were all-too receptive. The Y2K fiasco was about more than simple prudence.

Religions from Zoroastrianism to Judaism to Christianity to U.F.O. cults have been built around notions of sin and the world’s end. The Y2K threat resonated with those ideas. Human beings have constructed an enormous, wasteful, unnatural civilization, filled with sin — or, worse in some minds, pollution and environmental waste. Suppose it turned out that a couple of zeros inadvertently left off old computer codes brought crashing down the very civilization computers helped to create. Cosmic justice!

The theme of our fancy inventions ultimately destroying us has been a favorite in fiction at least since Mary Shelley’s “Frankenstein.” We can place alongside this a continuous succession of spectacular films built on visions of the end of the world. Such end-time fantasies must have a profound, persistent appeal in order to keep drawing wide-eyed crowds into movie theaters, as historically they have drawn crowds into churches, year after year.

Apocalyptic scenarios are a diversion from real problems — poverty, terrorism, broken financial systems — needing intelligent attention. Even something as down-to-earth as the swine-flu scare has seemed at moments to be less about testing our health care system and its emergency readiness than about the fate of a diseased civilization drowning in its own fluids.


Bom, da minha parte o que eu fiz sob influência da tal ameaça do “Bug do Milênio” foi, just in case, sacar um dinheiro num caixa automático na R. Augusta na noite do dia 31 de dezembro de 1999 e depois ser entrevistada por uma repórter do JT sobre isso. Pouco depois, eu estava de branco na Av. Paulista pulando com minha irmã e um amigo dela durante o Reveillon da Paulista com um show da Ivete Sangalo. ;-)

6 de janeiro de 2010

Tentando reconfigurar as coisas aqui…

…para deixar este blog, digamos assim, mais up-to-date e integrado com meus outros sites. Mas coisas estranhas estão aparecendo aí do lado, sei não…

1 de janeiro de 2010