exercício da contradição
puro suco gástrico
dedo na ferida
aquela vadia
no caminho eu explico
24 horas de sexo explícito
crônicas de uma vida bastarda
transformando água em Coca-Cola
bom demais para ser verdade
vomito ergo sum
comemore o dia da madrasta
o tempo arruina tudo
hérnia de hiato
prolapso da válvula mitral
as pessoas morrem sozinhas
permanente inconstância
deformador de opinião
laborare est orare
templo da iconoclastia
neofeudalismo
esse silêncio todo me atordoa
não vou lhe dar o enorme prazer de me ver chorar
saudade e a leve impressão de que já vou tarde
aquela esperança de tudo se ajeitar pode esquecer
é pior do que se entrevar
não entendo porque anda agora falando de mim
decretou que eu tava predestinado a ser errado assim
eu bem que tenho ensaiado um progresso
poluição noturna
ultimando pormenores
o bom veneno é amargo
alento no seu último vestígio
eu sou Nada e é isso que me convém
viver tão depressa
é você do outro lado me ligando devolvendo minha insônia
eu fui a coisa mais brega que pousou na sua sopa
tratar as sombras com ternura
medo com ternura
piloto automático camicase
você não sente os meus passos
você não pensa em mim porque andamos na mesma rua
vou esperar ninguém
os cães latem pra me censurar
volto ao mesmo lugar pois vai estar lá ninguém
rara bizarrice
ame o idiota
sobre as coisas que desconheço
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