31 de outubro de 2003
30 de outubro de 2003
POBRE NEW ORDER
Aqui no Brasil, atores bonitões da Globo, não contentes, se lançam à música pop. Ontem, assistindo ao programa da Adriane Galisteu (não me pergunte!), pude conferir uma das imolações mais imperdoáveis que o rock jamais sofreu. A mais nova migração pop foi dada por Dado Dolabella, filho do Carlos Eduardo. O ator galã pegou a maravilhosa “Love Vigilantes”, do New Order, e transformou em alguma coisa inenarrável, versão melosa e medonha.
A performance era aquilo: ele entrou com um violão para fazer seu playback, fingia que tocava, a platéia fingia que gritava, aí ele parava de “tocar” para fazer pose sofredora com as duas mãos no microfone e a câmera cortava para mostrar uma mulher caricaturando uma empregada doméstica (deve ser personagem do programa), que pulava histérica.
Por muito menos, os ingleses declararam guerra à Argentina.
Aqui no Brasil, atores bonitões da Globo, não contentes, se lançam à música pop. Ontem, assistindo ao programa da Adriane Galisteu (não me pergunte!), pude conferir uma das imolações mais imperdoáveis que o rock jamais sofreu. A mais nova migração pop foi dada por Dado Dolabella, filho do Carlos Eduardo. O ator galã pegou a maravilhosa “Love Vigilantes”, do New Order, e transformou em alguma coisa inenarrável, versão melosa e medonha.
A performance era aquilo: ele entrou com um violão para fazer seu playback, fingia que tocava, a platéia fingia que gritava, aí ele parava de “tocar” para fazer pose sofredora com as duas mãos no microfone e a câmera cortava para mostrar uma mulher caricaturando uma empregada doméstica (deve ser personagem do programa), que pulava histérica.
Por muito menos, os ingleses declararam guerra à Argentina.
29 de outubro de 2003
Justiça afegã condena concurso de miss
Cabul - A Suprema Corte afegã condenou Vida Samadzai, 23, que compete como miss Afeganistão num concurso de beleza, dizendo que a exibição do corpo feminino contraria a lei islâmica e a cultura nacional.
Ué, mas não é justamente para implantar a “democracia” e os “direitos humanos” que os EUA continuam lá? Eles não disseram que baniriam o “fundamentalismo muçulmano” das terras afegãs?
Cabul - A Suprema Corte afegã condenou Vida Samadzai, 23, que compete como miss Afeganistão num concurso de beleza, dizendo que a exibição do corpo feminino contraria a lei islâmica e a cultura nacional.
Ué, mas não é justamente para implantar a “democracia” e os “direitos humanos” que os EUA continuam lá? Eles não disseram que baniriam o “fundamentalismo muçulmano” das terras afegãs?
28 de outubro de 2003
Eu sei que o assunto já esfriou, mas eu queria deixar registrado aqui: aquela suspensão que o “Domingo Legal” do Gugu sofreu há umas semanas atrás nada teve de censura na minha opinião. Foi uma punição justa e direta (no bolso, mais precisamente — com o programa fora do ar, tanto o SBT quanto o Gugu perderam milhões de reais) à reportagem-armação criminosa que o programa exibiu.
Trecho do post A crítica e o medo, do Paulo Polzonoff, que mandou muito bem:
É o que não me canso de repetir: a arte vive à revelia da crítica. A grande arte, ao menos. O grande crítico, grande mesmo, é o tempo. E ele passa por cima de tudo, de elogios a observações negativas. É o tempo que manda. E ele é implacável com os que não têm talento. Pior: o tempo não dá a mínima para as vendas e para o sucesso ou fracasso, em vida, do artista. Eis o porquê de sua justeza e crueldade.
É o que não me canso de repetir: a arte vive à revelia da crítica. A grande arte, ao menos. O grande crítico, grande mesmo, é o tempo. E ele passa por cima de tudo, de elogios a observações negativas. É o tempo que manda. E ele é implacável com os que não têm talento. Pior: o tempo não dá a mínima para as vendas e para o sucesso ou fracasso, em vida, do artista. Eis o porquê de sua justeza e crueldade.
É lamentável que nestes tempos atuais aconteçam abusos como esse com passageiros brasileiros. Que vergonha, American Airlines.
27 de outubro de 2003
Às vezes me dá raiva como uma abordagem sensacionalista pode arruinar uma matéria que tinha vários elementos para ser bacana. Um exemplo disso foi uma que vi ontem no Fantástico sobre um funcionário que trabalha como carrasco em execuções no estado no Texas.
Estava na cara que, apesar da função, o sujeito não passava de mais um funcionário público, mas a reportagem ficou colocando aquela musiquinha estilo programa do Gil Gomes e uma iluminação vermelha no rosto dele, pintando-o quase como um maníaco. A matéria o tempo todo só quis passar uma mensagem: “ohhhh, que horror, olha a cara do carrasco, nosssaaaa, que medooooo, que sinistrooooo...” e adicionou pouca informação além daquelas que serviam de “escada” para esta mensagem.
Claro que não se trata de falar de um assunto “meigo” ou “ameno”, mas a reportagem poderia ter fornecido mais e melhores informações sobre os temas relativos à pena de morte nos EUA e no Texas isso com certeza poderia.
E o curioso foi que em nenhum momento foi dito uma palavra sequer sobre George W. Bush, que foi governador do estado até 2000 e fez aumentar bastante o número de execuções durante o seu mandato. Mas sei lá, talvez aí eu já esteja pedindo demais para um programa de TV aberta que passa nas noites de domingo…
Estava na cara que, apesar da função, o sujeito não passava de mais um funcionário público, mas a reportagem ficou colocando aquela musiquinha estilo programa do Gil Gomes e uma iluminação vermelha no rosto dele, pintando-o quase como um maníaco. A matéria o tempo todo só quis passar uma mensagem: “ohhhh, que horror, olha a cara do carrasco, nosssaaaa, que medooooo, que sinistrooooo...” e adicionou pouca informação além daquelas que serviam de “escada” para esta mensagem.
Claro que não se trata de falar de um assunto “meigo” ou “ameno”, mas a reportagem poderia ter fornecido mais e melhores informações sobre os temas relativos à pena de morte nos EUA e no Texas isso com certeza poderia.
E o curioso foi que em nenhum momento foi dito uma palavra sequer sobre George W. Bush, que foi governador do estado até 2000 e fez aumentar bastante o número de execuções durante o seu mandato. Mas sei lá, talvez aí eu já esteja pedindo demais para um programa de TV aberta que passa nas noites de domingo…
26 de outubro de 2003
24 de outubro de 2003
A era do Concorde acabou. O último vôo aterrissou hoje na Inglaterra.
O Concorde foi um daqueles ícones tecnológicos “do futuro” que fizeram um imenso sucesso nos anos 60, 70 e 80. Para se ter uma idéia, existiu até mesmo um picolé chamado “Concorde” aqui no Brasil por volta de uma década e meia atrás.
Ele sempre teve passagens caras demais (por volta de US$9000,00 ida e volta) mesmo tendo conforto de menos (por questões aerodinâmicas o corpo do avião tinha um diâmetro estreito, o que tornava o espaço para os passageiros bastante limitado), o que fez com que suas viagens transatlânticas supersônicas fossem um privilégio para poucos — entre eles, veja só, o comunista Orcar Niemeyer, que disse uma vez ser fã do design do avião.
Com o passar dos anos, o frisson do Concorde caiu, seus passageiros diminuíram, e o golpe final foi o terrível acidente com um deles que matou 113 pessoas em 2000. Desde então, pouquíssimos voaram no Concorde, e o prejuízo e a própria obsolência do projeto do avião levaram-o à aposentadoria.
O Concorde foi um daqueles ícones tecnológicos “do futuro” que fizeram um imenso sucesso nos anos 60, 70 e 80. Para se ter uma idéia, existiu até mesmo um picolé chamado “Concorde” aqui no Brasil por volta de uma década e meia atrás.
Ele sempre teve passagens caras demais (por volta de US$9000,00 ida e volta) mesmo tendo conforto de menos (por questões aerodinâmicas o corpo do avião tinha um diâmetro estreito, o que tornava o espaço para os passageiros bastante limitado), o que fez com que suas viagens transatlânticas supersônicas fossem um privilégio para poucos — entre eles, veja só, o comunista Orcar Niemeyer, que disse uma vez ser fã do design do avião.
Com o passar dos anos, o frisson do Concorde caiu, seus passageiros diminuíram, e o golpe final foi o terrível acidente com um deles que matou 113 pessoas em 2000. Desde então, pouquíssimos voaram no Concorde, e o prejuízo e a própria obsolência do projeto do avião levaram-o à aposentadoria.
22 de outubro de 2003
21 de outubro de 2003
O excelente blog de notícias e acontecimentos no mundo da informática, o Don’t Believe The Hype, acabou. Uma pena…
20 de outubro de 2003
Neste sábado à noite estive no fondue com o pessoal do Lugaralgum. Comemos bastante (fondue de pão italiano no queijo e fondie de frutas no chocolate — nham!), e tivemos conversas bem legais que foram noite adentro…
Ah, e finalmente o feitiço de áquila foi desfeito, e Mario AV e Mauro Tojo se encontraram…:-)
Ah, e finalmente o feitiço de áquila foi desfeito, e Mario AV e Mauro Tojo se encontraram…:-)
18 de outubro de 2003
Esta sensação que estou sentindo agora de cada junta minha pesar uns 3 quilos é consequência da Trash 80's de ontem.
Muito boa a discotecagem do Kid Vinil, o salvador da Brasil2000! E ao contrário do que eu estava pensando ele tocou no set dele 3 músicas do Magazine, banda que o trouxe à fama nos anos 80. E você sabe o que é ver de perto o o cara tocar essas músicas com o pessoal da pista de dança cantando junto com ele? Pois é, eu sei…;-)
Muito boa a discotecagem do Kid Vinil, o salvador da Brasil2000! E ao contrário do que eu estava pensando ele tocou no set dele 3 músicas do Magazine, banda que o trouxe à fama nos anos 80. E você sabe o que é ver de perto o o cara tocar essas músicas com o pessoal da pista de dança cantando junto com ele? Pois é, eu sei…;-)
15 de outubro de 2003
É duro saber que o governo de um estado gastou dinheiro público para pagar reportagens que se passam por “isentas” em jornais e revistas…
O Alex Maron levantou a bola e eu reitero: essa onda de plastificação da pele de modelos, principalmente as que posam nuas para revistas masculinas/eróticas, é uma coisa ridícula.
Eu dei uma olhada hoje numa Playboy de 1988 e vi a diferença: nas fotos a pele da garota no ensaio era natural, humana, com pêlos, poros e uma textura de aspecto verdadeiro. Fico me perguntando: como é que alguém pode achar bonito uma mulher que tem a aparência duma boneca artificial? Eu acredito que beleza e realismo estético ainda podem andar juntos.
Eu dei uma olhada hoje numa Playboy de 1988 e vi a diferença: nas fotos a pele da garota no ensaio era natural, humana, com pêlos, poros e uma textura de aspecto verdadeiro. Fico me perguntando: como é que alguém pode achar bonito uma mulher que tem a aparência duma boneca artificial? Eu acredito que beleza e realismo estético ainda podem andar juntos.
Mais de meio milhão de pessoas falam português nos EUA.
Acho que se fossem contabilizados os imigrantes ilegais, o número seria ainda maior. De qualquer forma, é impressionante ver na reportagem da Agência Estado que em média há mais de 1 entre 10 norte-americanos que falam espanhol…
Acho que se fossem contabilizados os imigrantes ilegais, o número seria ainda maior. De qualquer forma, é impressionante ver na reportagem da Agência Estado que em média há mais de 1 entre 10 norte-americanos que falam espanhol…
14 de outubro de 2003
Este texto do Burburinho é tão elucidativo que é legal reproduzi-lo por inteiro aqui:
Walt Disney e o Domínio Público
por Nemo Nox
A corporação Disney gasta todos os anos milhões de dólares
em advogados e lobistas para garantir que seus personagens
não caiam no domínio público. Cada vez que o copyright
sobre o famoso Mickey Mouse chega perto do seu prazo de
validade, as leis dos EUA são alteradas para alongar o
controle, impedindo mais uma vez que os personagens
disneyanos possam ser utilizados gratuitamente pelo
público. Ironicamente, porém, grande parte dos sucessos
cinematográficos dos estúdios Disney são adaptações (em
vários casos, deturpações) de material extraído do domínio
público.
O primeiro desenho animado com o ratinho Mickey, Steamboat
Willie (1928), nada mais é que uma paródia do filme
Steamboat Bill, Jr. (1928), dirigido e estrelado por Buster
Keaton. Walt Disney lançou a carreira do seu personagem
mais popular fazendo o que hoje os advogados da sua empresa
não permitem que seja feito com suas criações: reciclando
material original produzido por outros autores.
Mergulhando no domínio público para buscar inspiração, os
estúdios Disney iniciaram na década seguinte uma série de
longas-metragens que dura até hoje. Snow White and the
Seven Dwarfs (1937) se inspirou no conto infantil dos
irmãos Jacob e Wilhelm Grimm. Pinocchio (1940) é uma
adaptação do livro do italiano Carlo Collodi. Fantasia
(1940) mistura trechos inspirados em temas musicais
eruditos (a sinfonia pastoral de Beethoven ou a sagração da
primavera de Stravinsky) ou em poemas clássicos (Goethe em
O Aprendiz de Feiticeiro ou Hoffman em O Quebra-Nozes).
Cinderella (1950) saiu de um conto de Charles Perrault,
Alice in Wonderland (1951) do livro de Lewis Carrol, Peter
Pan (1953) do livro de James M. Barrie, e Sleeping Beauty
(1959) é outra história de Charles Perrault. Mais
recentemente, The Sword in the Stone (1963) deu nova roupa
ao mito do rei Arthur, The Jungle Book (1967) parafraseou o
livro de Rudyard Kipling, e Robin Hood (1973) foi novamente
buscar um mito britânico.
O que é reconhecido como o renascimento dos estúdios
Disney começou com The Little Mermaid (1989), adaptação do
conto de Hans Christian Andersen, e seguiu com Beauty and
the Beast (1991), do autor francês Jeanne-Marie Leprince de
Beaumont, Aladdin (1992), saído diretamente do clássico
oriental As 1001 Noites. The Lion King (1994) bastardiza
Shakespeare, Pocahontas (1995) adultera um episódio da
história dos EUA, e The Hunchback of Notre Dame (1996)
destrói o livro de Victor Hugo. Hercules (1997) vai beber
na mitologia grega, Mulan (1998) se alimenta de uma fábula
chinesa, Treasure Planet (2002) transforma em ficção-
científica a aventura de piratas de Robert Louis Stevenson.
Todos estes filmes foram possíveis porque os autores das
histórias originais já estavam mortos e as já obras haviam
caído no domínio público, possibilitando reproduções e
adaptações. Walt Disney morreu em 1966. Muitos dos
personagens criados por ele e por sua equipe deveriam estar
no domínio público, entre eles Mickey, Pluto, Pateta e
Donald, não fosse pelas sucessivas alterações (mais de dez
nos últimos quarenta anos) nas leis de copyright promovidas
pelos estúdios Disney e outras mega-empresas interessadas
em eternizar direitos já expirados. É hora de libertarmos o
rato e seus amigos da injusta prisão corporativa.
Walt Disney e o Domínio Público
por Nemo Nox
A corporação Disney gasta todos os anos milhões de dólares
em advogados e lobistas para garantir que seus personagens
não caiam no domínio público. Cada vez que o copyright
sobre o famoso Mickey Mouse chega perto do seu prazo de
validade, as leis dos EUA são alteradas para alongar o
controle, impedindo mais uma vez que os personagens
disneyanos possam ser utilizados gratuitamente pelo
público. Ironicamente, porém, grande parte dos sucessos
cinematográficos dos estúdios Disney são adaptações (em
vários casos, deturpações) de material extraído do domínio
público.
O primeiro desenho animado com o ratinho Mickey, Steamboat
Willie (1928), nada mais é que uma paródia do filme
Steamboat Bill, Jr. (1928), dirigido e estrelado por Buster
Keaton. Walt Disney lançou a carreira do seu personagem
mais popular fazendo o que hoje os advogados da sua empresa
não permitem que seja feito com suas criações: reciclando
material original produzido por outros autores.
Mergulhando no domínio público para buscar inspiração, os
estúdios Disney iniciaram na década seguinte uma série de
longas-metragens que dura até hoje. Snow White and the
Seven Dwarfs (1937) se inspirou no conto infantil dos
irmãos Jacob e Wilhelm Grimm. Pinocchio (1940) é uma
adaptação do livro do italiano Carlo Collodi. Fantasia
(1940) mistura trechos inspirados em temas musicais
eruditos (a sinfonia pastoral de Beethoven ou a sagração da
primavera de Stravinsky) ou em poemas clássicos (Goethe em
O Aprendiz de Feiticeiro ou Hoffman em O Quebra-Nozes).
Cinderella (1950) saiu de um conto de Charles Perrault,
Alice in Wonderland (1951) do livro de Lewis Carrol, Peter
Pan (1953) do livro de James M. Barrie, e Sleeping Beauty
(1959) é outra história de Charles Perrault. Mais
recentemente, The Sword in the Stone (1963) deu nova roupa
ao mito do rei Arthur, The Jungle Book (1967) parafraseou o
livro de Rudyard Kipling, e Robin Hood (1973) foi novamente
buscar um mito britânico.
O que é reconhecido como o renascimento dos estúdios
Disney começou com The Little Mermaid (1989), adaptação do
conto de Hans Christian Andersen, e seguiu com Beauty and
the Beast (1991), do autor francês Jeanne-Marie Leprince de
Beaumont, Aladdin (1992), saído diretamente do clássico
oriental As 1001 Noites. The Lion King (1994) bastardiza
Shakespeare, Pocahontas (1995) adultera um episódio da
história dos EUA, e The Hunchback of Notre Dame (1996)
destrói o livro de Victor Hugo. Hercules (1997) vai beber
na mitologia grega, Mulan (1998) se alimenta de uma fábula
chinesa, Treasure Planet (2002) transforma em ficção-
científica a aventura de piratas de Robert Louis Stevenson.
Todos estes filmes foram possíveis porque os autores das
histórias originais já estavam mortos e as já obras haviam
caído no domínio público, possibilitando reproduções e
adaptações. Walt Disney morreu em 1966. Muitos dos
personagens criados por ele e por sua equipe deveriam estar
no domínio público, entre eles Mickey, Pluto, Pateta e
Donald, não fosse pelas sucessivas alterações (mais de dez
nos últimos quarenta anos) nas leis de copyright promovidas
pelos estúdios Disney e outras mega-empresas interessadas
em eternizar direitos já expirados. É hora de libertarmos o
rato e seus amigos da injusta prisão corporativa.
Hoje de manhã, depois de pegar as coisas que eu tinha selecionado lá no apartamento com o Mario AV, passei de carro com a minha irmã pela Marginal Tietê — ela foi resolver umas pendências na Agência Estado, que fica no bairro do Limão.
O cheiro do rio estava insuportavelmente ruim, o que me fez lembrar que há mais ou menos uns 15 anos eu ouço a conversa de que o Tietê está passando por um ?processo sério? de despoluição e que ?dentro de algum tempo? ele até seria razoavelmente limpo para ser navegável, veja só.
Faça-me rir. O Tietê neste tempo todo se manteve a mesma sujeira e poluição de sempre — se é que não piorou…
O cheiro do rio estava insuportavelmente ruim, o que me fez lembrar que há mais ou menos uns 15 anos eu ouço a conversa de que o Tietê está passando por um ?processo sério? de despoluição e que ?dentro de algum tempo? ele até seria razoavelmente limpo para ser navegável, veja só.
Faça-me rir. O Tietê neste tempo todo se manteve a mesma sujeira e poluição de sempre — se é que não piorou…
Neste sábado fui até o ex-apartamento do Mario AV no bairro do Paraíso para conferir o Spring Cleaning que ele está fazendo. Caramba, a quantidade de objetos (bonecos, revistas, livros, fitas k7, softwares, hardwares antigos, bichinhos de pelúcia) para doar era pelo menos umas 5 vezes maior do que eu estava imaginando…
No final das contas separei umas coisas para mim e trouxe para casa uma metade do que eu tinha selecionado no sábado mesmo; a outra eu pretendo pegar na manhã desta terça.
De qualquer forma, a gente que estava no apartamento (eu, o Mario, a Adri, o ABAV, a Sandra e o Ricardo) se divertiu com os cacarecos que estavam dando sopa por lá…:-)
No final das contas separei umas coisas para mim e trouxe para casa uma metade do que eu tinha selecionado no sábado mesmo; a outra eu pretendo pegar na manhã desta terça.
De qualquer forma, a gente que estava no apartamento (eu, o Mario, a Adri, o ABAV, a Sandra e o Ricardo) se divertiu com os cacarecos que estavam dando sopa por lá…:-)
10 de outubro de 2003
Se João Gilberto for para o Inferno ele passará toda a eternidade cantando num microfone fuleiro e sujo acoplado a um amplificador velho ligado a caixas acústicas desreguladas, diante de uma platéia de Hell’s Angles bêbados gritando e rindo o mais alto possível.
Olha, eu não sei se eu sou um pessimista, mas não consigo me empolgar com estes dados do “progresso” brasileiro no século passado que foram divulgados recentemente pelo IBGE.
Eu tenho a sensação de que, apesar dos números, nossos problemas essenciais continuam os mesmos; e alguns, que aparentemente teriam acabado ou diminuído, apenas mudaram de lugar.
Eu tenho a sensação de que, apesar dos números, nossos problemas essenciais continuam os mesmos; e alguns, que aparentemente teriam acabado ou diminuído, apenas mudaram de lugar.
8 de outubro de 2003
Do site do Repórteres Sem Fronteiras: Predadores da Liberdade de Expressão.
Preocupante ver como a situação da Rússia está ruim neste quesito…
Preocupante ver como a situação da Rússia está ruim neste quesito…
Relato deste fim-de-semana:
Sexta: fui até a Autobahn no Salamandra para a noite especial do Depeche Mode. Devidamente vestido com a camiseta que comprei logo após ter assistido ao show da banda em 1994, ouvi muita, mas muita coisa bacana, não só do DM como de outras bandas também. E o que é melhor foi o presente inesperado: ganhei entrada VIP por lá até o fim deste ano. Como diria aquela música do Devo, “That’s good”!
Sábado: o que era para ser um fondue às 20:30h no apartamento do Fukunaga acabou virando um jantar com o pessoal do Lugaralgum num restaurante japonês que fica mais ou menos lá perto, na R. Tutóia. Enquanto comíamos udon rolaram umas conversas interessantes, entre elas os relatos da experiência da Sandra com o grupo de teatro do qual ela participou durante um bom tempo…
Depois de lá tomei meu rumo para a Tras… não, para o Hotel Cambridge primeiro, que fica lá perto, para ver o Rico tocar seu set. Meu plano era ficar por lá até umas 2:00h da madrugada para depois ir para o Caravaggio e conferir uma performance do pessoal da lista, na qual se tentou imitar com máxima perfeição possível um bailinho de debutante no meio da pista de dança…:-D
Mas no fim eu acabei não podendo ver isso, porque uma banda de rock com um estilo meio Deep Purple meio Charlie Brown Jr. atrasou a entrada do Rico nos CDJs em mais ou menos uma hora…:-/
No Cambridge acabei encontrando Sérgio Ferrara, meu professor do curso de teatro que fiz na FAAP em 2000 e mais um colega meu deste curso, o Fábio. Ah, e a Luana Piovani também estava circulando por lá. Mas pelo o que eu percebi a atitude e os olhares dela transpareciam para mim uma certa arrogância, e portanto preferi não me aproximar.
Bom, acabei ficando no Bar do Hotel até umas 3:30h, quando finalmente fui para a Trash. E o astral do pessoal estava bem alto, sem contar que o Eneas mandou muito bem nas músicas.
Domingo: descansei vendo o indricotério no Fantástico…:-P
Sexta: fui até a Autobahn no Salamandra para a noite especial do Depeche Mode. Devidamente vestido com a camiseta que comprei logo após ter assistido ao show da banda em 1994, ouvi muita, mas muita coisa bacana, não só do DM como de outras bandas também. E o que é melhor foi o presente inesperado: ganhei entrada VIP por lá até o fim deste ano. Como diria aquela música do Devo, “That’s good”!
Sábado: o que era para ser um fondue às 20:30h no apartamento do Fukunaga acabou virando um jantar com o pessoal do Lugaralgum num restaurante japonês que fica mais ou menos lá perto, na R. Tutóia. Enquanto comíamos udon rolaram umas conversas interessantes, entre elas os relatos da experiência da Sandra com o grupo de teatro do qual ela participou durante um bom tempo…
Depois de lá tomei meu rumo para a Tras… não, para o Hotel Cambridge primeiro, que fica lá perto, para ver o Rico tocar seu set. Meu plano era ficar por lá até umas 2:00h da madrugada para depois ir para o Caravaggio e conferir uma performance do pessoal da lista, na qual se tentou imitar com máxima perfeição possível um bailinho de debutante no meio da pista de dança…:-D
Mas no fim eu acabei não podendo ver isso, porque uma banda de rock com um estilo meio Deep Purple meio Charlie Brown Jr. atrasou a entrada do Rico nos CDJs em mais ou menos uma hora…:-/
No Cambridge acabei encontrando Sérgio Ferrara, meu professor do curso de teatro que fiz na FAAP em 2000 e mais um colega meu deste curso, o Fábio. Ah, e a Luana Piovani também estava circulando por lá. Mas pelo o que eu percebi a atitude e os olhares dela transpareciam para mim uma certa arrogância, e portanto preferi não me aproximar.
Bom, acabei ficando no Bar do Hotel até umas 3:30h, quando finalmente fui para a Trash. E o astral do pessoal estava bem alto, sem contar que o Eneas mandou muito bem nas músicas.
Domingo: descansei vendo o indricotério no Fantástico…:-P
6 de outubro de 2003
3 de outubro de 2003
Me diz uma coisa: que argumento legal os provedores vão usar agora para justificar a diferença enorme de preço de mensalidade entre os “novos planos” de acesso ADSL e os antigos? E quem vai engolir este argumento? Até que ponto vai a ignorância (ou a atitude de “lavar as mãos”) de quem deveria de cuidar da idoneidade e clareza das regras nessa área?
Ah, e a Maria Paula no intervalo do Jornal Nacional me fez lembrar que a competição aqui no Brasil é realmente levada a sério: a Globo.com, assim como o UOL, cobram exatamente os mesmos R$19,90 pelos planos de acesso que são agora mais velozes… e limitados por consumo de MB, mas é claro que nenhum comercial até agora falou a respeito disso. Que coincidência, hein?
Ah, e a Maria Paula no intervalo do Jornal Nacional me fez lembrar que a competição aqui no Brasil é realmente levada a sério: a Globo.com, assim como o UOL, cobram exatamente os mesmos R$19,90 pelos planos de acesso que são agora mais velozes… e limitados por consumo de MB, mas é claro que nenhum comercial até agora falou a respeito disso. Que coincidência, hein?
Meu novo brinquedinho recém-baixado: MPW.
Sei muito pouco sobre ele, mas de qualquer forma estou mexendo para ver como funciona…
Sei muito pouco sobre ele, mas de qualquer forma estou mexendo para ver como funciona…
2 de outubro de 2003
Do blog do Rafael Lima pesquei uma coisa que foi dita há 20 anos:
“Se tudo está errado por aí, e nós estamos convencidos disso, uma postura punk para nos salvar do abismo tem razão de ser. A receita é ingênua mas faz sentido. Os garotos dizem as coisas com franqueza selvagem. A arte deles explica-se pela circunstâncias.”
Carlos Drummond de Andrade
“Se tudo está errado por aí, e nós estamos convencidos disso, uma postura punk para nos salvar do abismo tem razão de ser. A receita é ingênua mas faz sentido. Os garotos dizem as coisas com franqueza selvagem. A arte deles explica-se pela circunstâncias.”
Carlos Drummond de Andrade
Zapping na madrugada deste domingo:
Canal 5 - padre Marcelo Rossi falando sobre a importância do catolicismo.
Canal 4 - Rosemary descobrindo o bebê dela.
Canal 5 - padre Marcelo Rossi falando sobre a importância do catolicismo.
Canal 4 - Rosemary descobrindo o bebê dela.
1 de outubro de 2003
Hoje, quando fui pedir uma informação para uma garotinha de uns 14, 15 anos que estava parada num ponto de ônibus, ela me repondeu:
— É só o senhor ir em frente que na 3ª esquina já vai ser a estação Sumaré do Metrô.
Pois, é, senhor. É a primeira vez em que fora de uma situação formal eu sou chamado de senhor…:-(
— É só o senhor ir em frente que na 3ª esquina já vai ser a estação Sumaré do Metrô.
Pois, é, senhor. É a primeira vez em que fora de uma situação formal eu sou chamado de senhor…:-(
Um comentário do Guaco Bey me fez lembrar de uma coisa: quando eu fazia o 2º Grau técnico na escola Guaracy Silveira de Pinheiros, eu sempre passava no caminho para a escola por uma oficina onde estavam estacionados dois Chevrolet Impalas SS vermelhos do final da década de 1960, e eu ficava imaginando como seria bacana ter um daqueles. Pois o tempo passou, os Impalas continuaram na oficina, eu terminei o 2º Grau e acabei nem vendo-os mais de perto… coisas da vida.
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