8 de fevereiro de 2009

Lembram daquelas mortes no zoológico de São Paulo…

…que aconteceram em 2004, em que disseram que se tratava de envenenamento? Pois bem, tudo indica que não se tratava de envenenamento coisíssima nenhuma, e sim consequência de uma doença que era transmitida por ratos que estavam infestando o zoológico na época. Sem trocadilho, eis aí um trecho da matéria da Época que fala a respeito:

ntre janeiro e março de 2004, cerca de 100 mamíferos morreram no zoológico de São Paulo. À falta de uma explicação melhor, a direção do zoológico atribuiu as mortes à ação de um misterioso serial killer, que, interessado em prejudicar a imagem do parque, teria posto veneno de rato na comida dos animais. A investigação mobilizou a polícia, a Justiça, a imprensa e o público durante meses.

Cinco anos depois, o suposto assassino nunca foi encontrado. Crime perfeito? Não. Evidências esmagadoras indicam que a verdadeira causa mortis dos animais foi encefalomiocardite, uma doença causada por vírus e transmitida aos mamíferos do zoo pelos ratos que infestavam o zoológico entre 2004 e 2005.

ÉPOCA obteve documentos inéditos sobre o caso, inclusive a lista de animais mortos no zoológico naquele período, cuja autenticidade foi confirmada por ex-funcionários do zoo. Esses documentos mostram que a tese do serial killer não tem sustentação nos fatos.

A lista de animais mortos derruba a tese do “assassino em série”. Ela mostra que em 2005 houve um surto de características em tudo semelhantes ao de 2004. Ao contrário do que aconteceu em 2004, no ano seguinte a direção do zoológico conseguiu identificar claramente a causa do surto: uma zoonose (doença animal) transmitida pelas fezes de ratos, a encefalomiocardite, ou ECM. A morte por ECM tem características semelhantes àquelas dos animais vitimados em 2004.

Aparentemente, em 2004 os responsáveis pelo zoológico desconheciam a existência de ECM no Brasil, o que pode tê-los levado a não considerar essa hipótese naquela ocasião.

Em 2005, ao contrário do que ocorrera em 2004, a direção do zoológico de São Paulo não fez alarde sobre as mortes de animais. O fato só veio a público em 2007, quando, pressionada pelo vazamento da informação, a Fundação Zoológico enviou uma carta a respeito ao Conselho Estadual do Meio Ambiente.


O que é interessante é que quando as mortes de 2004 aconteceram, a grande imprensa engoliu direitinho, sem reclamar, as versões e suposições ditas pela direção do zoo, como se elas fossem absolutamente acima de qualquer suspeita.

Um comentário:

Larissa B. Cruz disse...

Heyy
encontrei seu blog ake
e axei muito legal!!
essa matéria do zoo eh realmente
triste!
quando uder passa no meu blog

beijokassss