Termino um ano feliz de um lado, mas de outro com uma certa tristeza aqui dentro. Sim, isso é piegas, mas a vida tem pieguices das quais é difícil escapar.
Por um lado, na minha vida pessoal particular, eu posso dizer que 2002 não foi um dos melhores anos para mim. Tenho ainda sérias pendências comigo mesmo que eu ainda não fui capaz de resolver, ao contrário do que eu acreditava no início deste ano que termina hoje, quando eu escrevi num pequeno pedaço de papel as metas que eu não consegui cumprir.
Mas por outro lado, uma das coisas mais legais de 2002 para mim foi ter conhecido a balada Trash 80’s e todo o povo que junto comigo bateu cartão por lá aos sábados — os DJs Tonyy e Enéas, o Zeezo, a Gigi, o Alisson, o Silvio Almeixas, o Manu, o Eduardo, o Estevam, o Rico, a Vânia, a Larinha, a Adriana, a Ju, a Keka, o Bernard, o Binho, e tantos outros.
Vivi muita coisa bacana nesta festa.
Foi bom ter conhecido também neste ano o Bruno, o Jean, a Debbie, a Elaine, o Rafa, a Heloisa, o Daniel e a Patricia Claro, essa pessoa tão especial.
Legal ter mantido contato via Internet com a Maya, com o Alexandre Sena, com o Newman, com o André, com a Criz, com a Cristi, com o Robinson, com o Freddy, com o Juliano, com a Renata, etc.
De qualquer forma, vamos ver o que o que o amanhã irá mostrar.
Feliz 2003 a todos.
31 de dezembro de 2002
Não sei se este texto que recebi por uma lista de e-mail realmente é do Carlos Drummond de Andrade ou não, mas de qualquer forma achei legal e vou postar aqui:
Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante, vai ser diferente.
Update (04/01/2003): o Rafael Lima confirmou nos comentários que o texto é realmente do Drummond.
Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante, vai ser diferente.
Update (04/01/2003): o Rafael Lima confirmou nos comentários que o texto é realmente do Drummond.
E enquanto isso, vou fuçando no Guia dos Curiosos.
Olha só o que eu encontrei:
Abobrinha do Dia
Muita gente se recusa a preparar frango para a ceia de Ano Novo. Acredita-se que, como a galinha cisca para trás, quem comê-la irá regredir na vida durante o novo ano.
Olha só o que eu encontrei:
Abobrinha do Dia
Muita gente se recusa a preparar frango para a ceia de Ano Novo. Acredita-se que, como a galinha cisca para trás, quem comê-la irá regredir na vida durante o novo ano.
30 de dezembro de 2002
Pense nisso:
Porra, todos os sites estão fazendo votações para os “melhores e piores de 2002”. É claro que a parte que diz respeito aos “piores” tem mais destaque, pois o apelo cômico sempre pode ser explorado.
Mas eu acho que esta nova mania nem pegou por causa de demanda do público, acho que isso é mais uma demanda que vem das redações mesmo. Pobre mídia, que ao invés de ceder ao seu desejo enrustido e publicar em letras garrafais “João Kléber é uma merda”, fica usando disfarces como estas enquetes, mostrando que hoje em dia a “remoção dos colhões” é pré-requisito para qualquer curso de jornalismo.
MrManson
Porra, todos os sites estão fazendo votações para os “melhores e piores de 2002”. É claro que a parte que diz respeito aos “piores” tem mais destaque, pois o apelo cômico sempre pode ser explorado.
Mas eu acho que esta nova mania nem pegou por causa de demanda do público, acho que isso é mais uma demanda que vem das redações mesmo. Pobre mídia, que ao invés de ceder ao seu desejo enrustido e publicar em letras garrafais “João Kléber é uma merda”, fica usando disfarces como estas enquetes, mostrando que hoje em dia a “remoção dos colhões” é pré-requisito para qualquer curso de jornalismo.
MrManson
Você sabia que há uma relação entre o Tio Patinhas das histórias do Pato Donald e o escritor Charles Dickens? O post do blog do no mínimo mostra que o primeiro existe graças à obra do segundo:
O velho Scrooge
24.Dez.2002 | É Natal, pois. E em algum canal de televisão, em cada país do mundo, alguma versao do Conto de Natal de Charles Dickens estará sendo transmitida.
Dickens é o grande escritor do romantismo britânico, uma espécie de José de Alencar misturado na conta certa com doses genialidade. Escreveu grandes livros, todos foram parar de certa forma em nosso caldeirão pop – de Oliver Twist ao príncipe e o mendigo. Mas nenhum deles dá um personagem tão fascinante quanto o Mr. Scrooge.
Scrooge é o velho ranzinza, pão duro até dizer chega, que na véspera de Natal vê-lhe imposta pelo fantasma do sócio a visita dos três espíritos natalinos. Um personagem tão excepcional que dele surgiu uma coisa única, que é outro personagem excepcional: o Uncle Scrooge, tio Patinhas cá no Brasil.
(Não deixa de ser engraçado que em seu clássico da esquerda Para ler o Pato Donald, Ariel Dorfman afirme com convicção ímpar que o Tio Patinhas é um cruel estereótipo judaico; logo Scrooge McDuck, um escocês, que são os pão-duros favoritos dos anglo-saxões. Curioso também, porque o Conto de Natal, para cuja adaptação nasceu o tio de Donald, é cria da mesma terra adubada que deu no comunismo: as precárias, egoístas e cruéis condições de trabalho e vida da revolução industrial britânica.)
Não foi a única coisa de Natal que Dickens escreveu, ainda existem outros dois contos, mas este é especial. Boa dica para quem nunca o leu, dado o dia. Coisa rápida de matar.
(Na falta de tempo para ler, passar numa locadora para pegar e rever It’s a wonderful life, A felicidade não se compra, de Frank Capra serve também; outra coisa, mas bom equivalente no quesito clássico.)
E feliz Natal.
> A Christmas Carol (inglês)
http://www.stormfax.com/1dickens.htm
> Um Conto de Natal (português)
http://virtualbooks.terra.com.br/.../uma_aventura_de_natal.htm
O velho Scrooge
24.Dez.2002 | É Natal, pois. E em algum canal de televisão, em cada país do mundo, alguma versao do Conto de Natal de Charles Dickens estará sendo transmitida.
Dickens é o grande escritor do romantismo britânico, uma espécie de José de Alencar misturado na conta certa com doses genialidade. Escreveu grandes livros, todos foram parar de certa forma em nosso caldeirão pop – de Oliver Twist ao príncipe e o mendigo. Mas nenhum deles dá um personagem tão fascinante quanto o Mr. Scrooge.
Scrooge é o velho ranzinza, pão duro até dizer chega, que na véspera de Natal vê-lhe imposta pelo fantasma do sócio a visita dos três espíritos natalinos. Um personagem tão excepcional que dele surgiu uma coisa única, que é outro personagem excepcional: o Uncle Scrooge, tio Patinhas cá no Brasil.
(Não deixa de ser engraçado que em seu clássico da esquerda Para ler o Pato Donald, Ariel Dorfman afirme com convicção ímpar que o Tio Patinhas é um cruel estereótipo judaico; logo Scrooge McDuck, um escocês, que são os pão-duros favoritos dos anglo-saxões. Curioso também, porque o Conto de Natal, para cuja adaptação nasceu o tio de Donald, é cria da mesma terra adubada que deu no comunismo: as precárias, egoístas e cruéis condições de trabalho e vida da revolução industrial britânica.)
Não foi a única coisa de Natal que Dickens escreveu, ainda existem outros dois contos, mas este é especial. Boa dica para quem nunca o leu, dado o dia. Coisa rápida de matar.
(Na falta de tempo para ler, passar numa locadora para pegar e rever It’s a wonderful life, A felicidade não se compra, de Frank Capra serve também; outra coisa, mas bom equivalente no quesito clássico.)
E feliz Natal.
> A Christmas Carol (inglês)
http://www.stormfax.com/1dickens.htm
> Um Conto de Natal (português)
http://virtualbooks.terra.com.br/.../uma_aventura_de_natal.htm
29 de dezembro de 2002
28 de dezembro de 2002
Ah, e também há outro link muito bacana do site dos irmãos Boëchat: o site do grande ilustrador francês Stephanie Manel, que tem feito muita coisa boa para revistas de moda por aí.
Sobre esse anúncio do nascimento do primeiro bebê clonado pelos lókis raelianos… bom, tá meio na cara que é preciso ter sérias desconfianças a respeito disso, para se dizer o mínimo, uma vez que os sujeitos por trás disso são integrantes de mais uma daquelas estranhas e milionárias seitas religiosas que proliferam pelo Primeiro Mundo.
Mas o que me surpreendeu é como o noticiário brasileiro tratou o caso da clonagem humana: a toda hora o tom das matérias tendia a mostrar que “o homem não pode ir além dos domínios de Deus, porque se não, será punido de maneira implacável por Ele”.
Teve até exibição do filme bíblico “A Torre de Babel”, para se ter uma idéia. Eu acho o seguinte: por que se tratar de assuntos científicos dando um enfoque religioso ao caso? Se comportando assim, a mídia passa a dar mensagens de moralismo barato, ao invés de jogar uma luz forte em ciuma das questões realemente importantes que ceracm esse assunto tão delicado e ao mesmo tempo tão importante para a humanidade.
Essa reação me faz lembrar que no final do século XIX uma parte da imprensa mundial também se queixava que o homem estava ultrapassando os limites de Deus de maneira aviltante e perigosa.
O objeto da polêmica era o então recém-inventado refrigerador.
Mas o que me surpreendeu é como o noticiário brasileiro tratou o caso da clonagem humana: a toda hora o tom das matérias tendia a mostrar que “o homem não pode ir além dos domínios de Deus, porque se não, será punido de maneira implacável por Ele”.
Teve até exibição do filme bíblico “A Torre de Babel”, para se ter uma idéia. Eu acho o seguinte: por que se tratar de assuntos científicos dando um enfoque religioso ao caso? Se comportando assim, a mídia passa a dar mensagens de moralismo barato, ao invés de jogar uma luz forte em ciuma das questões realemente importantes que ceracm esse assunto tão delicado e ao mesmo tempo tão importante para a humanidade.
Essa reação me faz lembrar que no final do século XIX uma parte da imprensa mundial também se queixava que o homem estava ultrapassando os limites de Deus de maneira aviltante e perigosa.
O objeto da polêmica era o então recém-inventado refrigerador.
Parece que agora finalmente o IBAMA vai liberar a venda de jibóias, iguanas e jabutis.
Eu aho que é uma decisão positiva, apesar de sentir um forte cheiro de criação de reserva de mercado no item da lei que pretende impedir que o animal comprado possa se reproduzir:
Quem comprar não poderá reproduzir os bichos ou terá de devolver os filhotes ao criador, segundo o diretor do Ibama. “Por isso estamos vendo se é possível uma castração”, afirmou Santos. “Imagine os bichos soltos num sítio e começar a nascer vários deles. Quem vai fiscalizar?”, pergunta a consultora. Ela lembrou que jibóias comem ratos e pintinhos vivos. “Já pensou seu filho alimentando seu bichinho de estimação assim?”
O presidente da Associação Brasileira de Criadores e Comerciantes de Animais Silvestres e Exóticos (Abrase), Luiz Paulo Amaral, diz que há muitos interessados em criar comercialmente esse tipo de bicho no País.
“Regularizar a criação e a venda, com controle do Ibama, é a melhor maneira de combater o tráfico. A demanda por eles é muito grande e a venda ilegal também”, diz Amaral. Ele ressaltou que a castração de répteis e anfíbios é praticamente impossível. “Vai ter de ser uma posse responsável. Quem descumprir a lei terá de responder civil e criminalmente.”
Ora, se o cão, o gato, a galinha, o peru, o canário, o periquito, a chinchila, o pato, e tantos outros animais que são criados aqui no Brasil e que em sua maioria não são da fauna original do país podem se reproduzir livremente, por que haveria problema em relação a outros bichos?
Eu aho que é uma decisão positiva, apesar de sentir um forte cheiro de criação de reserva de mercado no item da lei que pretende impedir que o animal comprado possa se reproduzir:
Quem comprar não poderá reproduzir os bichos ou terá de devolver os filhotes ao criador, segundo o diretor do Ibama. “Por isso estamos vendo se é possível uma castração”, afirmou Santos. “Imagine os bichos soltos num sítio e começar a nascer vários deles. Quem vai fiscalizar?”, pergunta a consultora. Ela lembrou que jibóias comem ratos e pintinhos vivos. “Já pensou seu filho alimentando seu bichinho de estimação assim?”
O presidente da Associação Brasileira de Criadores e Comerciantes de Animais Silvestres e Exóticos (Abrase), Luiz Paulo Amaral, diz que há muitos interessados em criar comercialmente esse tipo de bicho no País.
“Regularizar a criação e a venda, com controle do Ibama, é a melhor maneira de combater o tráfico. A demanda por eles é muito grande e a venda ilegal também”, diz Amaral. Ele ressaltou que a castração de répteis e anfíbios é praticamente impossível. “Vai ter de ser uma posse responsável. Quem descumprir a lei terá de responder civil e criminalmente.”
Ora, se o cão, o gato, a galinha, o peru, o canário, o periquito, a chinchila, o pato, e tantos outros animais que são criados aqui no Brasil e que em sua maioria não são da fauna original do país podem se reproduzir livremente, por que haveria problema em relação a outros bichos?
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