30 de agosto de 2002


Tinha surrupiado este belo grab acima do site do Mario AV em 30 de maio deste ano, e fiquei pensando quem seria essa mulher que está de costas de maiô preto. Acabei não perguntando para o Mario, o tempo passou, até que, vendo os filmes do making of da capa da Macmania 96, descubro que ela é…


Fernanda Lima, veja só…:-)


Uma coisa que eu nunca vi ao vivo na minha vida foi um videocassete Betamax.
E provavelmente, a não ser que eu vá a um museu, eu ficarei sem ver mesmo.
Coisas ridículas que acontecem no Brasil: o Conselho Nacional de Trânsito aprova uma medida que deve ter sido elaborada provavelmente com a intenção de engordar os cofres dos estados e prefeituras com dinheiro de multas: a proibição de sistemas de viva-voz para aparelhos celulares em carros. O que? Não faz sentido deixar quem dirige incomunicável? Claro, mas parece que tem gente que nào se importa com isso…

Mas o engraçado desta história é que os agentes da CET em SP descobriram que é praticamente impossível saber se uma pessoa está usando viva-voz de celular no carro ou não, uma vez que a pessoa pode estar falando sozinha, ouvindo um fone de ouvido, sem contar que geralmente fones de ouvido, sejam quais forem, só podem ser identificados quando se está muito perto do carro.

Enfim, o Contran fez uma lei que além de ignorar a realiade das pessoas que precisam se comunicar, simplesmente não tem meios para ser cumprida.

É uma coisa surreal.
Li no Mario AV:

Em tempo: Wysiwyg manda avisar que a licença do Kit.net continua com a cláusula leonina que causou todo o furor - o que só atrapalha a argumentação da defesa e reforça a dos acusadores.

A cláusula leonina em questão é a que permite à globo.com poder ter direitos totais sobre tudo que seu assinante publicar. Isso constava também no contrato do Blogger Brasil, mas graças à pressão dos usuários a cláusula foi modificada. Interessante é saber que o Kit.net existe há um tempo bem maior que o Blogger Brasil, e pelo o que eu saiba ninguém havia atentado para essse detalhe escondido nas “letras miúdas”. E agora, globo.com?

Onde está Wally?
Druuna.
Um assunto recorrente nos blogs são seriados das TVs por assinatura, e a onda do momento é “Sex And The City”, estrelado por Sarah Jessica Parker.

Tenho que admitir: estou absolutamente por fora desse universo das novas séries norte-americanas, pelo simples fato de eu não possuir nenhuma TV por assinatura para assisti-los.

Mas eu cheguei a ver alguns episódios de “Friends” na TV aberta, por exemplo. E sabe o que eu achei? Eu achei completamente sem graça. Eu não sei, mas pelo jeito muitos desses seriados americanos me passam uma idéia de uma “happy-middle-class” às voltas com probleminhas relativamente estúpidos, com soluções relativamente fáceis e uma graça equivalente às piadas de salão contadas nas festas de confraternização de empresas.

Eu na verdade gosto muito, mas muito mais mesmo, de coisas como a antiga série “Um Amor de Família” (Married With Children), as animações “The Simpsons”, “Beavis and Butthead” e “South Park”, e coisas do gênero. Por que? Deve ser porque eu veja nessas séries um tipo de visão da sociedade americana, e também do ser humano em si, que condizem mais com a minha visão das coisas. Além do mais, o humor é mais cáustico, contundente, vai mais direto ao assunto sem meias-voltas ou anestesias, sem concessões ao “bom-gosto”, e por isso para mim soa mais engraçado e interessante.

Eu prefiro muito mais ver em seriados as questões de um vendedor de loja de calçados tentando fazer o carro velho pegar do que uma linda loirinha que mora num apartamento bacanudo em New York escolhendo entre o vestido Dior ou Versace para ir numa festa.

29 de agosto de 2002

Uma coisa que estou percebendo vendo o Toplinks é que enquanto no Blogdex (site americano que inspirou a versão brasileira feita pelo Cris Dias) há a predominância de notícias sobre tecnologia nos assuntos mais novos e mais linkados, nos blogs brasileiros os links predominantes são resultados de testes e links para outros blogs.
Apesar da insistência da garoa, do frio e da falta de companhia, acabei saindo neste início de noite para assistir a pré-estréia de um filme para a qual eu havia ganho um par de ingressos. Cheguei ao cinema uns 5, 10 minutos atrasado, e entrei imediatamente na sala escura. Lá dentro, vi na tela uma cena em que várias pessoas gritavam desesperadamente, ao som constante de balas de metralhadora. Pensei comigo: “eu não estou com espírito para assistir um filme desses”, e segundos depois fui embora de lá.
Ontem estava andando pela Av. Paulista quando entrei pela primeira vez no novo Instituto Itaú Cultural. Aquilo lá é lindo! Me senti por uns segundos com aquela sensação de caipira que vê a cidade grande pela primeira vez, principalemnte quando me deparei com aquela sala multimídia cheia de pufes e reetrâncias acolchoadas que servem de cabines de acesso à Internet, no qual pode se navegar sentado confortavelmente olhando para a tela e usando um teclado sem fio com trackpad. O lugar inteiro parece um daqueles cenários da MTV. Sem contar que há nas reetrâncias e nos pufes terminais onde se pode ouvir CDs e ver TVs por assinatura… muito louco.

Ao lado desta sala multimídia, há uma charmosa (e infelizmente cara) filial do café Trio, muito bem-decorada. E o povo que frequenta o local é variado e no meio há pelo jeito bastante gente interessante.

Em poucas palavras, um típico lugar bacana deste início de século XXI, como eu imaginava que seria a uns anos atrás.
Em por falar em balada favorita, adivinhem? Eu tocarei um set de músicas neste dia 7 de setembro… lá na Trash 80’s! Este é o flyer do mês:




Uia… minha balada preferida está no !ObaOba…:-)

28 de agosto de 2002

Denis Dias aproveitou uma ligação de telemarketing do Banco1 e… descascou-o de maneira exemplar.

27 de agosto de 2002

Vale lembrar que boa parte dos vereadores paulistanos envolvidos no escândalo da máfia dos fiscais e que foram defenestrados das urnas em 2000 são agora candidatos a deputados federais e estaduais.
Vendo o horário político na TV encontro uma profusão imensa de xerifes, sargentos, cabos, soldados, imagens das botas marchando, símbolos da ROTA… seria um desejo não-declarado de se retornar aos “bons tempos” do Estado Policial? Isso me dá medo.
Uma matéria do Folha Online diz que Uma a cada quatro pessoas é viciada em internet no trabalho:

Um a cada quatro funcionários de empresas dos EUA é viciado em internet durante o expediente. Eles gastam mais de um dia a cada semana navegando por sites que não-relacionados ao trabalho, segundo pesquisa da consultoria norte-americana Websense.

Espera um pouco… estabelecer que a partir do limite descrito acima a pessoa já é uma “viciada em Internet” é algo no mínimo exagerado. E além do mais, a empresa Websense, que elaborou a pesquisa, é especializada justamente em vender softwares de monitoramento de Internet em empresas; traduzindo em miúdos, são programas que espionam e vigiam o comportamento do funcionário on-line; e essa vigilância (e suas consequências para o funcionário vigiado) tem rendido vários processos jurídicos de invasão de privacidade por aí.

26 de agosto de 2002

Às vezes a gente encontra pessoas que não esperávamos em lugares inusitados. Eu, por exemplo, encontrei neste domingo à noite Fernanda Lima, olhando miçangas de uma barraquinha de camelô na Rua Augusta.
Pedro Doria escreve um artigo esclarecedor que alerta sobre a capacidade do novo sistema de TV digital a ser implantado no Brasil se transformar num “Big Brother” de seus telespectadores.
Estava lendo este post do Mauro Tojo sobre a relativa insignificância e brevidade da vida de nós humanos perante o tempo e o espaço quando pensei uma coisa: será que na verdade a busca incessante de Poder e de Descobrimento do Novo de muitas pessoas não tem a ver com um desejo íntimo de se tornar conhecido além das fronteiras do tempo e de sua própria vida? Afinal, a maioria das pessoas que são lembradas há séculos ou até milênios ou foram poderosas ou descobriram algo que mudou os rumos da humanidade.
E já que o post abaixo fala sobre barbárie, eu queria aproveitar para lembrar vocês que uma mulher foi condenada a ser morta a pedradas por ter feito sexo antes do casamento na Nigéria. A sentença foi definida por um tribunal religioso de um estado islâmico do país, e foi saudada com gritos de “Alá é grande” pelos que estavam acompanhando o julgamento do lado de fora do tribunal.

E o presidente do país, que poderia fazer alguma coisa para intervir, simplesmente lavou as mãos candidamente mesmo diante de apelos de organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, por conveniência política.