Um assunto recorrente nos blogs são seriados das TVs por assinatura, e a onda do momento é “Sex And The City”, estrelado por Sarah Jessica Parker.
Tenho que admitir: estou absolutamente por fora desse universo das novas séries norte-americanas, pelo simples fato de eu não possuir nenhuma TV por assinatura para assisti-los.
Mas eu cheguei a ver alguns episódios de “Friends” na TV aberta, por exemplo. E sabe o que eu achei? Eu achei completamente sem graça. Eu não sei, mas pelo jeito muitos desses seriados americanos me passam uma idéia de uma “happy-middle-class” às voltas com probleminhas relativamente estúpidos, com soluções relativamente fáceis e uma graça equivalente às piadas de salão contadas nas festas de confraternização de empresas.
Eu na verdade gosto muito, mas muito mais mesmo, de coisas como a antiga série “Um Amor de Família” (Married With Children), as animações “The Simpsons”, “Beavis and Butthead” e “South Park”, e coisas do gênero. Por que? Deve ser porque eu veja nessas séries um tipo de visão da sociedade americana, e também do ser humano em si, que condizem mais com a minha visão das coisas. Além do mais, o humor é mais cáustico, contundente, vai mais direto ao assunto sem meias-voltas ou anestesias, sem concessões ao “bom-gosto”, e por isso para mim soa mais engraçado e interessante.
Eu prefiro muito mais ver em seriados as questões de um vendedor de loja de calçados tentando fazer o carro velho pegar do que uma linda loirinha que mora num apartamento bacanudo em New York escolhendo entre o vestido Dior ou Versace para ir numa festa.